Ministro da Economia Paulo GuedesDivulgação

Brasília - O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou, nesta quinta-feira, 16, que vai fechar seu escritório em Brasília até o dia 30 de junho de 2022, quando encerra o período da atual representação. O anúncio vem um dia após o ministro da Economia, Paulo Guedes, criticar as previsões sobre a economia brasileira divulgadas pelo fundo.
"Esperamos que a alta qualidade do envolvimento do corpo técnico do Fundo com as autoridades brasileiras continue, à medida que trabalhamos de perto para apoiar o Brasil no fortalecimento de sua política econômica e de suas configurações institucionais", afirmou o órgão em nota.
Nesta quarta-feira, 15, Guedes disse que está dispensando missões ao Brasil do FMI. "Estamos dispensando a missão do FMI ... Dissemos para eles fazerem previsão em outro lugar", declarou Guedes durante encontro com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). 
No evento, ele lembrou das estimativas do fundo de retração próxima a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, o primeiro da pandemia. No fim, a queda foi de 3,9%.
O ministro também rebateu críticas que, segundo ele, teriam sido feitas, nesta quinta-feira, à economia brasileira pelo ex-presidente do Banco Central (BC), que deve assumir em breve o cargo de diretor para o Hemisfério Ocidental do FMI, Ilan Goldfajn.
"Eu não li a reportagem, mas fiquei sabendo das críticas de um ex-presidente do Banco Central. Eu vou falar, é o Ilan Goldfajn. Ele é um amigo, mas em época de política todo mundo critica e o Ilan também tem o direito de criticar. Mas já que tem um brasileiro que critica o Brasil indo para o FMI, ele não precisa mais ficar aqui", disparou Guedes. 
*Com informações do Estadão Conteúdo