Carteira de Trabalho Divulgação
Na comparação com o mesmo período de 2021, a população empresada registra alta de 8,1%, tornando-se o principal fator responsável pela queda de 3,3 pontos percentuais da taxa de desocupação, que recuou de 14,7% em janeiro de 2021 para 11,4% em janeiro deste ano. Já na série livre de sazonalidade, a taxa de desocupação de 11,2%, em janeiro, alcançou o menor patamar registrado desde abril de 2016.
O recorte regional mostra que apesar de um recuo generalizado do desemprego, este foi mais intenso na Região Sudeste, em que a taxa de desocupação caiu 3,9 pontos percentuais entre 2020 e 2021, passando de 15,1% para 11,2%. Em termos absolutos, as maiores taxas de desocupação foram verificadas em Amapá (17,5%), Bahia (17,3%) e Pernambuco (17,1%). Já as taxas de desocupação das regiões metropolitanas e não metropolitanas passaram de 17,1% e 12,0%, em 2020, para 13,1% e 9,6%, em 2021
Os dados por gênero, por sua vez, mostram que, embora tenha ocorrido queda da desocupação para ambos os sexos, a taxa de desemprego entre os homens (9,0%) segue abaixo da observada entre as mulheres (13,9%). No caso dos homens, o desemprego já se encontra em nível abaixo do registrado no período pré-pandemia (9,1%), enquanto a taxa de desocupação feminina ainda está levemente superior à registrada no quarto trimestre de 2019 (13,4%).
O recorte por faixa etária mostrou que, apesar de todos os segmentos etários terem registrado queda na desocupação, este recuo foi mais intenso na faixa dos trabalhadores mais jovens, cuja taxa de desemprego retroagiu 6,2 pontos percentuais entre o quarto trimestre de 2020 e o de 2021, passando de 29% para 22,8%. De modo semelhante, o contingente de ocupados com ensino fundamental incompleto apontou crescimento de 16,2%, possibilitando uma queda de 5,1 pontos percentuais, da taxa de desocupação, que passou de 23,5% para 18,4%, no período em questão.
Já a abertura setorial revela que, à exceção da administração pública com queda de 2,4%, na comparação interanual, todos os demais setores registraram crescimento da ocupação, no último trimestre de 2021, com destaque especial para os serviços de alojamento e alimentação (23,9%), serviços domésticos (21,7%), pessoais (14,7%) e construção civil (17,4%).
A nota ressalta ainda que, apesar dos dados recentes retratarem um cenário mais favorável, o mercado de trabalho brasileiro ainda apresenta uma série de desafios a serem superados. Em janeiro, o país ainda possuía um contingente de 12,1 milhões de desempregados, dos quais mais de 30% estão nesta situação há mais de dois anos e, mesmo diante de uma recuperação mais forte do emprego formal, a maior parte das novas vagas ainda estão sendo geradas nos segmentos informais da economia.
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