Rio de Janeiro (RJ),14.04.2022 - CIDADE / RIO DE JANEIRO - No Mercado Sao Pedro em Niteroi teve grande movimentacao na manha de hoje em busca do peixe para sexta feira santa.Foto: Fabio Costa / Agencia O DiaFabio Costa
"O consumo nos lares foi positivo neste primeiro bimestre, ainda que diante de uma inflação elevada e da alta taxa de desemprego", destaca o vice-presidente Institucional da ABRAS, Marcio Milan.
Um dos fatores que, segundo Milan, tem contribuído para a manutenção do consumo das famílias é a consolidação de transferência de renda via programas sociais, como o Auxílio Brasil.
"O cenário no primeiro bimestre do ano passado era instável. O consumidor vivia na incerteza do recebimento do auxílio emergencial, com o fim do pagamento do benefício decretado em dezembro de 2020 e a retomada somente a partir de abril de 2021. E neste ano, desde fevereiro, o pagamento benefício extraordinário, Auxílio Brasil, é certo para ao menos 18 milhões de famílias em todo o país até o final do ano. E esse dinheiro em mão traz certa segurança para o consumidor”, analisa o executivo.
Outra fonte de recursos que deve contribuir com o consumo nos lares nos próximos meses é o Saque Extraordinário do Fundo de Garantia (FGTS). Segundo o Ministério da Economia, serão liberados cerca de R$ 30 bilhões para 42 milhões de pessoas que tem recursos no Fundo. O valor, de até R$ 1 mil, deve ser liberado entre abril e junho.
O AbrasMercado, cesta de 35 produtos de largo consumo composta de alimentos, bebidas, produtos de limpeza e itens de higiene e beleza – registrou alta de 1,33% em fevereiro na comparação com o mês anterior. Como essa variação, o preço na média nacional passou de R$ 709,63 em janeiro para R$ 719,06 em fevereiro. No acumulado de 12 meses, a cesta nacional registra alta de 13,53%.
As maiores altas em fevereiro foram puxadas pela batata (23,49%), feijão (4,77%), cebola (3,26%), ovo (2,79%) e farinha de trigo (2,76%).
As quedas mais expressivas ficaram no preço do pernil (-3,01%), do frango congelado (-2,29%), do queijo prato (-0,15%), do sabão em pó (-0,14%), do leite em pó integral (-0,05%) e do refrigerante pet (-0,05%).
Na análise regional do desempenho das cestas, a região Sudeste teve a maior variação no preço médio da cesta, com alta de 1,58%, passando de R$ 689,11 em janeiro para R$ 700,00 em fevereiro.
Comportamento semelhante ocorreu na região Centro-Oeste, que registrou a segunda maior variação no preço da cesta, de 1,57%, passando de R$ 651,78 em janeiro para R$ 661,99 em fevereiro.
Nas demais regiões, as maiores variações mensais no preço da cesta foram respectivamente: Sul (1,21%), Nordeste (1,18%), Norte (1,15%). Apesar de a cesta Norte ter apresentado a menor variação em fevereiro, a região teve a cesta mais cara dentre todas as regiões, com preço médio de R$ 792,43.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.