O preço dos alimentos ainda é o vilão das contas Foto: Marcos Porto / Agência O Dia

O Índice Nacional de Consumo dos Lares Brasileiros da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), divulgado nesta quinta-feira (12) mostrou um aumento de 2,59% no primeiro trimestre do ano. Março teve a maior variação do consumo do trimestre, com alta de 6,58% na comparação com fevereiro. Na comparação com o mesmo mês de 2021, a alta é de 2,41%.
Apesar disso, a busca na hora das compras passou a ser por lojas com menor preço além da substituição de produtos que caibam no bolso. Segundo o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, com base na pesquisa foi possível notar ainda, uma queda no consumo fora de casa para investir o valor no abastecimento da renda no lar. Além disso, as compras passaram a ser mais planejadas logo assim que o salário cai na conta.
Dados apontam que a cesta Abras composta por 35 produtos altamente consumidos pelas famílias brasileiras tiveram alta de 5,11%, no primeiro trimestre do ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Em março, a alta foi de 2,40%, passando de R$ 719,06 em fevereiro para R$ 736,34 em março. No acumulado do ano, a alta foi de 15,45%.
 Os alimentos mais impactados pelo aumento foram o tomate (27,22%), a cebola (10,55%), o leite longa vida (9,34%), o óleo de soja (8,99%) e o ovo (7,08%). As maiores quedas foram registradas nos preços do pernil (-0,51%), do açúcar refinado (-0,13%) e da carne traseira (-0,07%).
A maior variação no preço médio foi notada na região Sul com a cesta mais cara dentre todas as regiões e alta de 3,38%. Em fevereiro, gastava-se R$ 787,85 já em março, esse valor pulou para R$ 814,48. A região Sudeste registrou a segunda maior variação no preço da cesta, alta de 3,16%, passando de R$ 700,00 em fevereiro para R$ 722,14 em março.