Valor médio das dívidas chegou a R$ 4.022,52 em janeiro - maior desde o início da pandemiaReprodução.
Para José Roberto Tadros, presidente da CNC, a inflação é o motivo do aumento expressivo no endividamento das famílias brasileiras, que acabam recorrendo aos cartões de crédito.
“A inflação alta, persistente e disseminada (IPCA em 11,3% ao ano) mantém a necessidade de crédito para recomposição da renda, fazendo com que as famílias encontrem nos recursos de terceiros uma saída para a manutenção do nível de consumo”, afirmou.
Com custos mais elevados, o cartão de crédito continua sendo a origem mais comum das dívidas dos consumidores. A pesquisa revelou que, em abril, a porcentagem de famílias com dívidas em cartões aumentou para 88%.
A modalidade que se mostrou em queda foi o tempo de comprometimento com as dívidas (7,1 meses). O percentual de inadimplência de endividados por mais de um ano continua em queda, representando 32,9%. O resultado mostra que o endividamento é mais frequente no consumo de curto prazo.
O índice também registrou recorde entre as famílias de baixa renda. O indicador de contas e dívidas atrasadas alcançou 31,9%.
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