Feirões e ações itinerantes, como o caminhão do Serasa, são caminhos que podem ajudar o consumidor a limpar o nomeDIVULGAÇÃO

Rio - O mês de abril registrou o recorde negativo de inadimplência no país. Do total de 66.132.670 brasileiros com o nome no vermelho, 6.585.239 estão no Rio de Janeiro, de acordo com dados revelados pela Serasa Experian. Com o "dragão da inflação" à solta, e cerca de 10,6 milhões de pessoas desempregadas no território nacional, a manutenção das contas em dia tornou-se um verdadeiro desafio.
Roberto Sampaio se encaixa no perfil de endividados mapeados pela Experian Serasa. Formado em Administração, perdeu o emprego durante a pandemia de Covid-19. Aos poucos, o pagamento da fatura do cartão de crédito ficou insustentável. Com dificuldade para voltar ao mercado, tem trabalhado como motorista de aplicativo há dez meses. Com juros, a dívida com operadora de cartão de crédito passou da casa dos R$ 15 mil.
"Foi um desespero. Nunca deixei de pagar minhas contas. De repente, tudo virou de cabeça para baixo. Priorizei o pagamento das contas de consumo, como água, luz e gás. O cartão, infelizmente, ficou para depois. Depois de muita negociação, consegui um desconto para quitar a dívida parcelada e limpar o meu nome", disse Sampaio.
A crise econômica no Brasil, potencializada pela pandemia e, mais recentemente, pelo impacto da guerra na Ucrânia, ligou o sinal de alerta. Com mais de 66 milhões de endividados, o país registrou o maior número da série histórica iniciada em 2016. De acordo com o balanço do Experian Serasa, na comparação de março para abril, o Rio "ganhou" mais de 40 mil inadimplentes. No país, os segmentos de bancos e cartões acumulam 28,1% dos débitos.
A renegociação da dívida é o caminho para evitar o efeito "bola de neve". A operadora de cartão de crédito Trigg tem adequando os acordos ao perfil de cada cliente, como entrada e taxas reduzidas, pagamento em até 48 vezes ou de um valor específico para encerrar a pendência no mesmo dia.

"Não somos alheios ao que tem acontecido no país e no mundo. Diariamente acompanhamos pesquisas sobre a perda de renda dos brasileiros, em que grande parte da população precisa priorizar o básico. Não há dúvidas de que a renegociação é o melhor caminho para conseguir a quitação de dívidas sem comprometer o orçamento, já que é possível negociar condições mais viáveis, como a redução da taxa de juros, redução do valor das parcelas e prazos maiores de pagamento", destacou Wellington Alves, CEO da Trigg.
A perda da renda da população brasileira é um empecilho na tênue linha entre os status "azul e vermelho". Afinal, o valor médio da dívida dos consumidores fluminenses foi de R$ 1.302,36 em abril, pouco mais de um salário mínimo. No dilema entre o prato de comida cheio e as despesas com os serviços de consumo básico, a esteticista Kátia Oliveira não tem dúvidas. Com a queda da clientela durante a pandemia, ela se adaptou à triste realidade.
"Não é fácil admitir isso, mas tive que escolher as contas que pagaria. Priorizei a alimentação, o que não foi fácil por conta do preço dos produtos. Aos poucos, a freguesia começou a voltar, mas ainda está longe do ideal. Tive uma queda de cerca de 40% da minha renda", disse Kátia.
RENEGOCIAÇÃO
Diante do cenário extremamente desafiador registrado pelo Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas elaborado pela Serasa Experian, a empresa realizou um levantamento de todas as ofertas disponíveis na plataforma Limpa Nome, com as mais de 100 empresas parceiras.
São mais de 15 milhões de ofertas que podem ser quitadas por até R$ 100 em bancos, financeiras, securitizadoras, operadoras de telefonia, empresas de varejo e universidades, que oferecem descontos diferenciados. A plataforma ainda disponibiliza mais de 43 milhões de ofertas com opção de parcelamento, sendo que cinco milhões delas podem ser quitadas em até 24 vezes.