Medida passou a valer em 1º de maio, data em que foi decretado o estado de calamidade pública no EstadoAFP

Diante da situação de emergência causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, os birôs de crédito Equifax | Boa Vista, Quod, Serasa Experian e SPC Bbrasil vão suspender os pedidos de negativação de pessoas físicas e jurídicas no Estado por 60 dias. Além disso, durante o período, o setor postergará a inclusão de dívidas que já estejam em processo de comunicação no banco de dados e cancelará a exibição de apontamentos inscritos após a decretação da calamidade pública.

Desta forma, até o fim do prazo estabelecido, a informação de inadimplência, assim como as demais relacionadas a ela, estarão indisponíveis, seja para consulta ou utilização. A medida passou a valer em 1º de maio, data em que foi decretado o estado de calamidade pública no Estado do Rio Grande do Sul, e será aplicada de forma retroativa.

A iniciativa, cujo objetivo é proporcionar o tempo adequado para as renegociações entre oscredores e os consumidores de crédito neste momento crítico, está sujeita a prorrogação, caso necessário.
"A ideia é que, com essa suspensão, credores, consumidores e empresas sejam capazes de conversar e renegociar seus créditos de forma responsável para que a economia e o bem-estar social possam se restabelecer de forma sustentável no Estado", afirma Elias Sfeir, presidente da Associação Nacional dos Bureaus de Crédito, entidade que representa o setor de birôs de crédito.

"O crédito é um instrumento fundamental e mais do que nunca necessário para a retomada das atividades produtivas no Rio Grande do Sul. Por isso, o setor entende ser fundamental a adoção de medidas que protejam a integridade do fluxo de informações para avaliação do crédito e, consequentemente, o sistema e todos os seus agentes", conclui o executivo.

Anteriormente, em abril de 2020, frente às consequências econômicas da pandemia, o setor de birôs de crédito ampliou o prazo de negativação de consumidores e empresas. A ação teve impacto positivo, ao trazer estabilidade ao processo de crédito e estimular a negociação entre credor e devedor durante a crise de saúde.