Edifício-sede do Banco CentralMarcello Casal Jr/Agência Brasil
Considerando as 115 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2024 passou de 3,86% para 3,90%. Para 2025, a projeção passou de 3,77% para 3,78%, considerando 112 atualizações no período. Para 2026, a projeção passou de 3,58% para 3,60%, ante 3,50% de um mês atrás.
O indicador desancorou nas duas últimas semanas O governo já sinalizou a manutenção da meta de inflação em 3,0% para este e os próximos anos, mas ainda não publicou o decreto para regulamentar a meta contínua. No horizonte mais longo, de 2027, a estimativa seguiu em 3,50%, como está há 48 semanas.
As estimativas do Relatório de Mercado Focus continuam acima do centro da meta para a inflação, de 3,00%. O IPCA de 2023 ficou em 4,62%, abaixo do teto da meta (4,75%, para um centro de 3,25% no ano passado), evitando o estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022.
Para 2025, o documento trouxe manutenção na estimativa de crescimento do PIB em 2,00%, como já está há 25 semanas. Considerando as 60 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2025 também seguiu em 2,00%.
Em relação a 2026, a mediana continuou em 2,00% pela 43ª semana consecutiva. O Boletim ainda trouxe a estimativa de crescimento para 2027, que se mantém em 2,00% por 45 semanas.
A estimativa do Ministério da Fazenda para o crescimento do PIB de 2024 é de 2,5%. Já no Banco Central, a projeção atual é de avanço de 1,9% neste ano, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março.
O relatório bimestral de despesas e receitas divulgado em maio revisou o resultado primário para um déficit de R$ 14,5 bilhões (0,1% do PIB). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já avisou que o governo "dificilmente chegará à meta zero", até porque o chefe do Executivo "não quer fazer cortes em investimentos e obras".
Já a estimativa do Focus para o déficit nominal em 2024 seguiu em 6,96% do PIB, ante 6,80% do PIB de um mês. O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública.
Para 2025, o déficit primário esperado pelo mercado passou de 0,63% para 0,60% do PIB, ante 0,68% de um mês atrás. O novo arcabouço fiscal aprovado no ano passado previa uma meta de superávit primário de 0,5% do PIB no próximo ano, mas o governo alterou a meta para 0% do PIB no projeto de lei de diretrizes orçamentárias (PLDO) para o próximo ano.
O déficit nominal projetado para 2025 seguiu em 6,30% do PIB, ante 6,25% de um mês atrás. A estimativa para a dívida líquida no próximo ano seguiu em 66,50% do PIB, mesmo patamar de quatro semanas antes.
O Copom abandonou o forward guidance da reunião de março e cortou a Selic em 0,25 pp, para 10,50% ao ano em maio. A decisão dividida do colegiado deixou os indicados pela gestão Lula do lado que seguiria a sinalização de redução de 0,50 pp, enquanto os diretores que já estavam no BC antes deste governo optaram por diminuir o ritmo de cortes neste momento. Na ata, houve um grande movimento para explicar que a divergência se deu pela avaliação do custo reputacional de abandonar a sinalização.
Ao justificar a decisão, o BC disse entender que ela é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2025. "Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego", repetiu o Copom.
No Relatório de Mercado Focus, a projeção para a Selic no fim de 2025 também foi elevada, de 9,00% para 9,18%, ante 9,00% há um mês. Considerando apenas as 77 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2025 seguiu em 9,00% ao ano. Para 2026, a projeção seguiu em 9,00%, ante 8,75% há um mês. Para 2027, a estimativa seguiu em 9,00%, de 8,50% de um mês atrás.
A projeção deficitária passou de US$ 32,50 bilhões para US$ 33,00 bilhões, de US$ 32,15 bilhões de um mês atrás. Já para 2025, a estimativa de déficit foi mantida em US$ 40,00 bilhões, mesmo patamar de quatro semanas atrás.
Em relação ao superávit da balança comercial em 2024, a projeção passou de US$ 82,00 bilhões para US$ 82,26 bilhões, contra US$ 79,75 bilhões há um mês. Para 2025, a mediana seguiu em US$ 78,00 bilhões, de US$ 76,00 bilhões de quatro semanas atrás.
Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) é mais do que suficiente para cobrir o rombo em transações correntes. A mediana das previsões para o IDP em 2024 seguiu em US$ 70,00 bilhões. Há quatro semanas, estava em US$ 68,75 bilhões. Para 2025, a estimativa seguiu em US$ 73,00 bilhões, mesmo patamar de um mês antes.
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