Redução da confiança resultou em diminuição da disposição a comprar itens de maior valorMarcos Santos
Para o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, houve uma deterioração na percepção das famílias em relação à situação financeira atual e às perspectivas futuras, com uma nova redução na sensação de segurança no emprego.
No que concerne à confiança de cada classe econômica, houve redução do INC nas classes A, B e C, ao passo que houve aumento na classe D, E. A pesquisa, que abrangeu 1.679 famílias em diversas regiões do Brasil, revelou ainda divergências regionais, com aumento da confiança no Centro-Oeste e Norte, enquanto houve queda no Nordeste, Sul e Sudeste.
Conforme a associação, o cenário de queda se deve ao impacto negativo dos aumentos de preços de produtos básicos, como alimentos, sobre a renda das famílias, em um contexto de elevado endividamento e taxas de juros altas.
No entanto, segundo a ACSP, o dado de junho é insuficiente para prever uma tendência consistente de queda na confiança nos próximos meses. "A evolução da confiança do consumidor, ao longo do ano, dependerá, principalmente, das expectativas em relação à renda e ao emprego, os quais são diretamente influenciados pela atividade econômica, que deverá desacelerar", defendeu.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.