Segundo o BC, aumento pode ser justificado pelo maior número de pessoas com rendimentosArquivo/José Cruz/Agência Brasil
Massa de rendimentos total cresceu 12,4% em 2023, maior alta da série histórica, diz BC
Elevação foi registrada em todas as regiões do País
A massa de rendimentos total (MRT) do Brasil — que engloba a renda do trabalho, aposentadorias, pensões, programas sociais e outras fontes — cresceu 12,4% em 2023, segundo o Boletim Regional do Banco Central. É a maior alta da série histórica, iniciada em 2012. Em 2022, a alta havia sido de 8,5%.
A renda proveniente de programas sociais cresceu 140,4%, segundo as estimativas o BC. Na comparação com 2019, escolhida pela autoridade monetária o estudo, esse segmento avançou em média 24,5% ao ano. Na mesma base, a renda do trabalho cresceu 8,7%, as aposentadorias e pensões subiram 2,1%, e as demais fontes cederam 4,0%.
O aumento da MRT, segundo o BC, pode ser totalmente atribuído à expansão do número de pessoas com rendimento. "Esse componente também é o mais relevante para explicar o aumento das massas de rendimentos do trabalho e de aposentadorias e pensões. No caso dos programas sociais, contudo, há contribuição expressiva tanto do aumento do número de beneficiários como do benefício médio", diz o boletim.
A MRT cresceu em todas as regiões, com destaque para Centro-Oeste (15,2%), Norte (14,8%), Sudeste (13,8%), Nordeste (9,6%) e Sul (8,8%). "Essa dispersão reflete sobretudo o comportamento da renda do trabalho, o componente de maior peso e que avançou mais naquelas regiões e menos nestas", diz o BC. A contribuição de programas sociais foi maior no Norte e Nordeste. No Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o destaque ficou com aposentadorias e pensões.
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