Rio de Janeiro assume a liderança dos roubos de cargas no PaísDivulgação / 20º BPM

Pela primeira vez desde janeiro de 2022, o relatório “Análise de Roubo de Cargas” da nstech, empresa de software para supply chain, indica que o Rio de Janeiro assumiu a liderança no índice de sinistralidade, ultrapassando São Paulo, que, até então, era o polo mais crítico. Os dados, obtidos pelas três gerenciadoras de risco do grupo — BRK, Buonny e Opentech —, indicam que, entre os meses de julho e setembro, as viagens em estradas fluminenses representaram 45,8% do total de prejuízos com roubo de cargas, contra 12,7% no mesmo período do ano anterior. Entre os carregamentos mais visados, estão os fracionados (60,4%), higiene e limpeza (19,1%) e alimentício (13,1%). Os municípios mais críticos foram a capital com 59% de incidência, Paracambi 11% e Japeri 9,2%.
No trimestre analisado pelo levantamento, a Região Sudeste concentrou 89,5% dos prejuízos com carga roubada, contra 83,6% no mesmo período do ano anterior. No entanto, São Paulo e Minas Gerais, que acompanham o Rio de Janeiro na liderança do volume de sinistros na região, registraram queda na incidência ao longo de 2024: São Paulo apresentou redução de 42,1% para 36,6% e, em Minas Gerais, o decréscimo foi acentuado: de 26,7% para 7,1%.
O Nordeste se manteve em segundo lugar na comparação entre as regiões, com queda no percentual de prejuízo de 9,2% para 7,5%. O Sul foi o terceiro lugar mais crítico, mas, mesmo assim, registrou queda de 3,5 p.p. em relação ao terceiro trimestre de 2023.

No Rio de Janeiro, as tardes (44%) foram os horários mais vulneráveis para roubos, seguidos pelas madrugadas (24,3%), enquanto terça-feira (24,8%) e quarta-feira (23,8%) foram os dias mais perigosos.

O mesmo dado a nível nacional indica que as segundas-feiras somaram um quarto do valor dos prejuízos, ligeiramente à frente das quartas-feiras, que corresponderam a 21,8% do total. Os roubos nas madrugadas obtiveram crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior, somando 32,2% contra 21,7% dos prejuízos. As tardes, que em 2023 representaram 16,9% dos problemas, saltaram para 29,1% do total sinistrado neste ano.