Daniel Lima afirma que colchão está em nível confortável, embora índice de liquidez esteja no menor nível desde 2015Reprodução
Daniel Lima rejeita qualquer intenção de Tesouro 'se intrometer' na política cambial
Subsecretário da Dívida Pública diz que não é 'isso que faz a diferença'
O subsecretário da Dívida Pública, Daniel Leal, rejeitou que exista qualquer intenção de o Tesouro "se intrometer" na política cambial ao fazer emissões externas. "Não existe intenção de se intrometer na política cambial fazendo emissão externa para vender dólar em mercado e segurar taxa de câmbio. Sinceramente, não é isso que faria a diferença", afirmou Leal a jornalistas, lembrando que a política cambial e monetária é de gestão do Banco Central.
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, foi na mesma linha e destacou que as emissões do Tesouro não guardam nenhuma relação com a política cambial. Ainda sobre o volume de emissões externas que possa haver neste ano, ele apenas declarou que o órgão quer ter presença "forte" no mercado internacional ou "na medida do possível" do que for demandado pelos investidores.
Sobre o colchão da dívida, Leal ainda respondeu não está na estratégia atual do Tesouro solicitar o resultado do BC da equalização cambial para incrementar a reserva de liquidez. Ele repetiu que o colchão está num nível confortável, embora o índice de liquidez esteja no menor nível desde 2015.
Mesmo assim, o nível atual da reserva de liquidez garante o pagamento dos próximos 6,24 meses de vencimentos, sendo que o Tesouro trabalha com um mínimo prudencial equivalente a uma reserva para três meses de vencimentos. Por isso, Leal argumentou que não há motivo para preocupação.
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