Fusões e aquisições envolvendo estrangeiros somaram 601 operações no ano passadoReprodução
“Os dados evidenciam uma retomada importante no mercado de fusões e aquisições. Após dois anos consecutivos de queda nessas transações, os números revelam que as empresas estão mais ativas nessas operações. O número de 2024 superou 2023, e, apesar de ser inferior ao de 2022 e 2021, já é superior aos totais registrados em 2020 e demais anos anteriores de nossa série histórica. Apesar da retomada, ainda não é possível prever se ela se sustentará ao longo de 2025 dadas as questões econômicas atuais”, afirma Gustavo Vilela, sócio-líder de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil.
Fusões e aquisições envolvendo estrangeiros somaram 601 operações em 2024. Os países que mais participaram dessas transações foram os seguintes: Estados Unidos (259), Canadá (35), Reino Unido (33), Espanha (23), Argentina (21), México (20), Alemanha (18) e Colômbia (17). A participação dos Estados Unidos ficou bem à frente dos demais e atingiu 43% do total de operações com estrangeiros.
“Os números mostram uma tendência de crescimento que se deve, em parte, à estabilidade econômica observada no primeiro semestre de 2024, a digitalização e a inovação tecnológica continuaram a ser grandes impulsionadoras dessas transações e investimentos em energia renovável atraíram consideráveis investimentos confirmando a relevância do setor. Embora os números sejam positivos, poderiam ter sido ainda melhores se não fosse pelo aumento das taxas de juros, no segundo semestre e as incertezas fiscais e políticas”, afirma Paulo Guilherme Coimbra, sócio da área de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil.
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