Guilherme Boulos durante sabatina da CBNReprodução/Instagram

O candidato do MDB à reeleição pela Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes, faltou ao primeiro debate promovido pela rádio CBN e os jornais Valor Econômico e O Globo, entre os candidatos que concorrem neste segundo turno, na manhã desta quinta-feira (10).

Sem a presença de Nunes, o debate acabou se transformando em sabatina com o seu concorrente, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). No início da sabatina, o psolista lastimou a ausência do prefeito e disse: "lamentável que ele tenha fugido". Ele também ironizou o rival político com um post de "procura-se":

Na sabatina, Boulos continuou dirigindo suas críticas a Nunes, tentando vincular o prefeito a uma facção criminosa que atua em São Paulo. "Queria perguntar ao Nunes por que colocou o cunhado do Marcola do PCC no governo", indagou, dizendo que "não usa caixa dois e que sua campanha é transparente".

Nas críticas, o candidato do PSOL disse ainda que Nunes foi colocado na Prefeitura pelo ex-governador (e ex-prefeito) João Doria, apontado como um dos responsáveis pelo encolhimento do PSDB. Disse também que seu partido votou contra o fundão, enquanto o PL (de Jair Bolsonaro, que apoia Nunes) votou a favor Boulos prometeu que, se eleito, vai chamar os vereadores da oposição para dialogar.
Acusações de crimes
Ao falar da especulação imobiliária, o candidato do PSOL fez um contraponto com o aumento da população de rua na capital paulista, que precisa de moradia, que é uma de suas bandeiras. "Precisamos lidar com a chaga que é a população em situação de rua em São Paulo", voltou a dizer. Segundo ele, Nunes cometeu um crime ao favorecer a especulação imobiliário.
 
Na sabatina, o psolista falou novamente sobre a maneira de atrair eleitores de Pablo Marçal (PRTB), que teve mais de 28% dos votos no primeiro turno das eleições de São Paulo, citando por exemplo o estímulo ao empreendedorismo e também a proposta de investimento de esportes nas escolas.
Nas críticas ao adversário, Boulos disse também que o prefeito infringiu leis em sua gestão, 'de maneira sistemática', inclusive alertado pelo STF.
Com informações do Estadão Conteúdo.