Tarcizo Pinheiro Caetano expulsou e relatou agressão de Tiquinho Soares, do Botafogo, no clássico contra o Flamengo, no dia 25/2Reprodução/CazéTV

Rio - Árbitro envolvido no caso de Tiquinho Soares, atacante do Botafogo, Tarcizo Pinheiro Caetano pode acabar sendo denunciado no Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ) após mudança em seu relato no julgamento, na última segunda-feira (6), na sede do órgão.
Na súmula da partida entre Botafogo e Flamengo, realizada no dia 25/2, em Brasília, vencida pelo Rubro-negro por 1 a 0, Tarcizo Pinheiro indicou que foi agredido pro Tiquinho Soares e ofendido posteriormente, o que ocasionou com a expulsão do camisa nova. Em seu relato no Tribunal, no entanto, o árbitro amenizou a situação e apresentou cenário diferente do indicado no documento.
Em entrevista ao programa "Seleção SporTV", a presidente do TJD, Renata Mansur, revelou grande surpresa com o relato do árbitro, além de destacar que o mesmo pode ser julgado por má redação da súmula do clássico.
"No julgamento, o árbitro, para nossa surpresa, deu um depoimento de que não tomou uma cabeçada. Também para nossa surpresa, o árbitro falou que ficou muito mais ofendido com as palavras que foram proferidas do que com a própria agressão da cabeçada no nariz, diferentemente do que estava narrado na súmula. Daí a importância de se colocar em julgamento rapidamente. O atleta no julgamento pediu desculpas ao árbitro e esse contexto todo fez com que o cenário fosse mudado", iniciou.
"Será avaliado pelo próprio TJD-RJ, porque o árbitro é responsável pelo que relata na súmula. Cabe a apuração da Procuradoria no sentido até de denunciá-lo por má redação da súmula, é uma outra questão. A cabeçada é clara. É importante que a Procuradoria tome uma atitude com relação à essa discrepância de posicionamento do árbitro", concluiu Renata.
Tiquinho Soares foi punido com oito jogos de suspensão, já cumpriu um, mas a diretoria do Botafogo entrará com recurso no Pleno do TJD por entender que a punição foi exagerada.