Bryan García foi demitido pelo Athletico-PR após ser denunciado no MPGO por envolvimento em esquema de manipulação de apostasDivulgação/Athletico

Após ser demitido pelo Athletico-PR, o volante Bryan García fechou um acordo com o Ministério Público de Goiás (MPGO) e passou a ser testemunha na Operação Penalidade Máxima, que investiga um esquema de manipulação de apostas em jogos do futebol brasileiro. A informação é do site "ge".
De acordo com a defesa de Bryan, ele assumiu ao MPGO ter recebido um pagamento para ser advertido com cartão amarelo na partida contra o Fluminense, na 25ª rodada do Brasileirão de 2022, no dia 3/9. Ele saiu do banco de reservas, entrou em campo apenas aos 41 minutos do segundo tempo e deu entrada dura em Jhon Arias.
Com a confissão, o Ministério Público de Goiás ofereceu um acordo para ele não ser denunciado no processo e se tornar testemunha, assim, deixando de ser réu na Operação Penalidade Máxima.
Bryan García teve a saída do Athletico-PR comunicada no dia 12 de maio, logo após ter o nome citado na segunda fase da investigação. No entanto, de acordo com a publicação do "ge", sua rescisão ainda não foi assinada. 
Outros quatro jogadores também chagaram a um acordo com o MPGO e viraram testemunhas: Kevin Lomonaco, (zagueiro do Bragantino), Moraes (lateral-esquerdo ex-Juventude, atualmente no Atlético-GO), Nikolas Farias (volante, sem clube) e Jarro Pedroso (atacante, ex-São Luiz-RS, hoje no Inter de Santa Maria-RS).

Entenda o caso

As investigações da Operação Penalidade Máxima começaram no fim de 2022, após o Ministério Público de Goiás receber uma denúncia de manipulação de apostas na partida entre Vila Nova e Sport, pelo Brasileirão Série B. Na ocasião, o volante Romário, do time goiano, teria recebido R$ 150 mil para cometer um pênalti. Quem entregou as provas ao órgão foi o presidente do clube, Hugo Jorge Bravo, que também é policial militar. 
O MPGO, então, aprofundou o assunto e apresentou outras 15 denúncias, enquadrando os jogadores envolvidos nos artigos 41-C (solicitar ou aceitar vantagem para falsear resultados de competições esportivas) e 41-D (dar ou prometer vantagem patrimonial ou não patrimonial com o fim de alterar ou falsear o resultado de uma competição desportiva ou evento a ela associado). O STJD anunciou suspensão de 30 dias aos atletas denunciados pelo MP e os que conseguiram acordo.

Jogadores que foram denunciados pelo MPGO:

Eduardo Bauermann (zagueiro do Santos)
Gabriel Tota (meia, ex-Juventude, hoje no Ypiranga-RS)
Paulo Miranda (zagueiro, sem clube)
Igor Cariús (lateral-esquerdo do Sport)
Victor Ramos (zagueiro, ex-Portuguesa, hoje na Chapecoense)
Fernando Neto (volante, ex-Operário-PR, hoje no São Bernardo)
Matheus Gomes (goleiro, ex-Sergipe, sem clube)
Romário (volante ex-Vila Nova, sem clube)
Joseph (zagueiro, do Tombense)
Mateusinho (lateral-direito, ex-Sampaio Corrêa, hoje no Cuiabá)
Gabriel Domingos (volante, ex-Vila Nova, sem clube)
Allan Godói (zagueiro do Sampaio Corrêa)
André Luiz (ex-Sampaio Corrêa, sem clube)
Ygor Catatau (atacante ex-Sampaio Corrêa, hoje no Sepahan, do Irã)
Paulo Sérgio (zagueiro ex-Sampaio Corrêa, hoje no Operário-PR)