Leandro Lo foi morto no dia 7 de agosto em um show no Clube Sírio, na Zona Sul de São PauloFoto: Dai Bueno/Tatame

Depois dos depoimentos ouvidos pela Justiça em março, o policial militar Henrique Otávio Oliveira Velozo, acusado de matar o campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo com um tiro na cabeça, na madrugada do dia 7 de agosto de 2022, passará por audiência nesta terça-feira (23), no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Além dele, testemunhas de defesa e de acusação também serão ouvidas.
Henrique Velozo está detido desde que se entregou às autoridades, em 7 de agosto do ano passado, e se tornou réu no processo após a Justiça aceitar a denúncia do Ministério Público de homicídio qualificado, com pena de 12 a 30 anos de prisão. Após a audiência desta terça, as partes vão apresentar suas razões finais e o juiz decidirá se o réu vai para o Tribunal do Júri ou não.
Relembre o caso

Segundo testemunhas, durante um show no Clube Sírio, na Zona Sul de São Paulo, Lo imobilizou o policial Henrique Otávio Oliveira Velozo, de 30 anos, para acalmar uma situação de provocação do próprio Henrique, que chegou a pegar a bebida da mesa do faixa-preta. O PM, então, se afastou e disparou um tiro na cabeça do lutador à queima-roupa. Leandro foi levado ao Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya, mas não resistiu e teve morte cerebral confirmada aos 33 anos. O caso passou a ser investigado pela 16ª DP (Vila Clementino).
Principal suspeito da morte do multicampeão Leandro Lo, Henrique Velozo, que é Tenente da Polícia Militar, se entregou na noite de 7 de agosto na Corregedoria e foi preso. Ele teve a prisão temporária de 30 dias convertida para preventiva após a Justiça a denúncia feita pelo Ministério Público, que tornou o PM réu pela morte do atleta.
De acordo com o  "g1", o órgão ofereceu, no dia 30 de agosto, a denúncia contra o policial militar por homicídio triplamente qualificado, e especificou que as qualificadoras do homicídio foram: por motivo torpe; com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; e à traição, de emboscada.