Fernando Alonso em ação pela Aston Martin em 2023WILLIAM WEST / AFP
F1: Aston Martin trocará motor Mercedes por Honda em 2026
Fornecedora japonesa firmará acordo após o término do vínculo com a Red Bull Racing
Após ameaçar deixar a Fórmula 1, a Honda garantiu a permanência para o futuro. A fornecedora de motores japonesa, que atualmente auxilia a cliente Red Bull Racing no desenvolvimento das unidades de potência, firmou nesta última terça-feira (23) um acordo com a Aston Martin para 2026, quando entrará em vigor o novo regulamento de motores.
A Honda tinha decidido deixar a F1 em 2021 para aprimorar as tecnologias de sustentabilidade na indústria automotiva. Entretanto, a montadora permaneceu na categoria para auxiliar a Red Bull Racing, que busca uma autonomia no desenvolvimento das unidades de potência, até 2026, quando terá início o novo regulamento de motores.
Entretanto, a montadora japonesa decidiu permanecer na F1. A Honda, que possui parcerias de sucesso com a McLaren nos anos 80 e com a própria Red Bull desde a última década, fornecerá as unidades de potência para a Aston Martin a partir de 2026. Atualmente, a parceira da equipe britânica é a Mercedes, que encerrará o vínculo em 2025.
A Honda chegou na Fórmula 1 entre 1965 e 1968, como equipe. Em 1983, retornou como fornecedora de motores da Spirit, Williams e Lotus. Entre 1988 e 1992, fez uma parceria histórica com a McLaren, sendo tetracampeã de construtores e ajudando Ayrton Senna e Alain Prost a conquistarem quatro títulos seguidos de pilotos. A parceria encerrou após os vices em 1992.
A montadora japonesa retornou em 2000, em parcerias com a BAR, Jordan e Super Aguri, mas sem repetir o sucesso anterior. Em 2006, voltou a correr como equipe, mas sem confiabilidade. Em 2008, a equipe foi comprada por Ross Brawn, que fundou a Brawn GP em 2009, que contou com Rubens Barrichello e foi campeã de construtores e de pilotos com Jenson Button.
Em 2010, Ross Brawn vendeu a maior parte das ações da Brawn GP para a Mercedes. A equipe alemã foi octacampeã de construtores entre 2014 e 2021, além de conquistar seis títulos de pilotos com Lewis Hamilton e um com Nico Rosberg. O domínio do time alemão terminou em 2022, com a mudança do regulamento. Desde então, a Red Bull Racing voltou a dominar as pistas em parceria com a Honda.
Agora, o futuro da montadora japonesa será junto com a Aston Martin. A equipe britânica, que conta com o aporte financeiro do empresário bilionário Lawrence Stroll, tem se destacado na temporada de 2023 e foi pódio em todas as corridas. Diferentemente da Mercedes, atual fornecedora dos motores, eles ajustaram o carro e conseguiram competir com a Ferrari, mas ainda estão atrás da Red Bull.
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