Alexander Ceferin é o atual presidente da UefaAFP

Chipre - A Uefa bateu o martelo e decidiu liberar as seleções de base da Rússia para voltarem a participar de competições 19 meses após a punição aplicada na esfera esportiva por conta da guerra com a Ucrânia. O anúncio foi feito em reunião do Comitê Executivo da entidade, em Limassol, no Chipre. 
Em comunicado oficial, a Uefa afirmou que "crianças não devem ser punidas por ações de responsabilidade exclusivamente dos adultos" e lamentou o conflito como motivo para afastar o país dos torneios envolvendo seleções.
"A suspensão contínua da Uefa contra times adultos reflete o compromisso de tomar uma posição contra a violência e a agressão. A Uefa está determinada a manter essa postura até que a guerra acabe e a paz seja restaurada. Porém, ao banir crianças de nossas competições, não só falhamos em reconhecer e defender um direito fundamental ao seu desenvolvimento holístico mas também as discriminamos diretamente", disse Aleksander Ceferin, presidente da entidade.
Logo após a decisão, o grupo responsável pediu ao setor administrativo da entidade para achar uma solução e reintegrar os times sub-17 masculino e feminino da Rússia, mesmo em competições com sorteios definidos - as eliminatórias para a Eurocopa da categoria, em 2024, começam nesta quarta-feira (27).

Retorno condicionado

Ainda assim, a Rússia enfrentará alguns problemas com os jovens jogadores. Eles deverão jogar sem a bandeira do país, com outro uniforme, mandar partidas fora do território russo e não terão o hino nacional tocado antes dos duelos. 
Todas as outras decisões da Fifa contra a federação do país seguem em vigor, como o afastamento da seleção em competições e também dos clubes, que não podem atuar em torneios internacionais, como Liga dos Campeões, Liga Europa e Liga Conferência.