A estrela Alexis Putellas foi uma das jogadoras da Espanha que depuseram sobre o casoMarty Melville / AFP

Espanha - Nesta segunda-feira (2), as jogadoras Alexis Putellas, Irene Paredes e Misa Rodríguez, campeões mundiais da última Copa do Mundo Feminina, prestaram depoimento sobre o caso envolvendo o ex-presidente da Real Federação da Espanha de Futebol (RFEF), Luis Rubiales, e a atleta Jenni Hermoso. O dirigente é acusado de dar um beijo forçado na atacante durante a entrega de medalhas do título mundial.
Segundo o portal espanhol "ElDesmarque", as jogadoras revelaram ao tribunal que Rubiales ligou para Hermoso aos prantos pedindo para que ela fizesse um vídeo para minimizar a crise do beijo não consensual. Elas também relataram que, após a entrega das medalhas no campo, houveram outros encontros, incluindo no avião, retornando à Espanha.
Na hora, a delegação não deu importância ao acontecido, devido à euforia da conquista do Mundial. Entretanto, Irene Paredes foi a primeira jogadora que percebeu a gravidade da situação, e de que não se tratava de uma brincadeira entre Rubiales e Hermoso.
Putellas também revelou ao tribunal que o vídeo gravado dentro do ônibus da delegação, em que as jogadoras reagiram ao beijo forçado, foi cortado e editado para favorecer o dirigente. A estrela da seleção da Espanha também deu nomes de quem teria coagido as jogadoras para minimizar a crise: o técnico Jorge Vilda, o diretor esportivo da seleção espanhola Albert Luque, e Rubén Rivera, chefe de marketing da RFEF.
Caso seja culpado das acusações, Rubiales poderá sofrer uma multa ou uma pena de prisão de um a quatro anos, conforme a nova lei de consentimento sexual aprovada pela Espanha no ano passado.