Casemiro é uma das lideranças dentro da seleção brasileiraVitor Silva / CBF

O volante Casemiro, capitão da seleção brasileira, concedeu uma entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (11) em preparação para o jogo contra a Venezuela, que acontece na próxima quinta-feira (12), às 21h30, na Arena Pantanal, em Cuiabá. Quando perguntado sobre as diferenças de sua função sob o comando de Tite e Fernando Diniz, o camisa 5 da Seleção comentou que, sob o comando do treinador do Fluminense, ele fica com mais tempo com a bola no pé.
"É um pouco diferente sim. O Diniz pede para eu tocar na bola sempre, a bola passar no meu pé, comandar o jogo, jogar num ritmo para frente, para o lado, tentar passar a bola sempre no pé", iniciou Casemiro.
Nos dois jogos da Seleção sob o comando do Diniz, Casemiro teve 192 ações com a bola, sendo 111 na partida contra a Bolívia e 81 no duelo contra o Peru. O volante afirmou que gosta desse estilo de jogo, e se diz feliz com o trabalho do treinador interino do Brasil.
'Cada treinador tem a sua característica, mas os princípios do futebol são os mesmos. Um treinador é mais vertical, outro gosta mais de posse de bola. Uma das coisas que eu mais gostei com o Diniz é que ele pede que a bola passe bastante no meu pé, fico feliz por isso", complementou.
Casemiro também foi abordado sobre seu papel de liderança dentro da Seleção. Ele, junto de Alisson, Danilo, Marquinhos e Neymar, são vistos como os principais pilares dentro e fora de campo do Brasil para a Copa de 2026. O volante não se escondeu da responsabilidade, e relembrou do tempo que pedia orientação das figuras mais experientes dentro da seleção brasileira e nos clubes onde atuou.
"Fico feliz, principalmente de ser um dos mais experientes aqui, estar há mais tempo na Seleção. Você acaba sempre precisando de ajuda, pedindo opiniões, ninguém é perfeito. Na carreira do jogador, independente da idade dele, ele está aprendendo coisas novas, isso é importante", afirmou Casemiro.
"Muitas pessoas falam e comigo não é diferente, faço psicólogo, converso com outros jogadores, no Real Madrid tive essa experiência... o jogador está sempre aprendendo, seja com 20, 30, 40, coisas boas para fazer e ruins para não fazer. Precisa sempre estar com a mente aberta", acrescentou o volante.
Casemiro também projetou o duelo contra a Venezuela. O capitão da Seleção não negou o favoritismo da equipe, mas garantiu que o Brasil não entrará relaxado para o jogo, válido pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.
"Eu também não gosto de me esconder atrás disso, não digo que devemos estar relaxado ou até que ganhamos o jogo, mas temos que ser realistas que somos favoritos e poucas seleções que enfrentarmos não seremos favoritos. É futebol, um dos poucos esportes em que o favorito nem sempre vence. Mas não podemos esconder que somos favoritos. Depende de nós concretizarmos em campo. A seleção brasileira é favorita, mas isso não vai determinar o resultado de amanhã", opinou o volante do Manchester United.
"Sabemos que o Rondón é o grande jogador que faz diferença. Mas no futebol não existe partida fácil, tem o Soteldo que joga no Santos, grande jogador. O mais importante de tudo isso é o que nós temos que fazer, temos que fazer um grande jogo independente do rival, se é mais ofensivo ou defensivo, a chave de tudo somos nós. Não será um jogo fácil, na América do Sul não tem jogo fácil, o mais importante é o que fazemos em campo", concluiu.