Rio - A Polícia Federal interceptou mensagens que indicam que um grupo de apostadores investiu em um clube da Série D do Brasileirão. Segundo a investigação, os manipuladores colocaram cerca de R$ 250 mil na Patrocinense, de Minas Gerais, para fraudar resultados.
Entretanto, o esquema não deu certo e o grupo sofreu um prejuízo, de acordo com o "ge". Os apostadores suspeitam de traição de um dos jogadores aliciados. O gestor da Patrocinense, o treinador, um possível investidor, o auxiliar e dois jogadores foram indiciados (veja a lista abaixo).
Em outubro, a Polícia Federal concluiu que houve manipulação no jogo entre Inter de Limeira e Patrocinense, pela primeira fase da Série D. Os apostadores tinham conhecimento prévio de que a equipe mineira perderia o primeiro tempo da partida por ao menos dois gols. O time de Limeira fez 3 a 0 antes do intervalo.
Em crise financeira, a Patrocinense abriu mão de disputar a primeira divisão do Campeonato Mineiro. O clube tinha vaga na Série D, mas não tinha time. Assim, o empresário Anderson Ibrahim Rocha entrou em ação, prometendo investimentos de R$ 600 mil na fase de grupos, além de outros R$ 200 mil em caso de classificação.
Entretanto, o empresário tinha planos maiores. Segundo a investigação da Polícia Federal, o clube mineiro foi arrendado com a intenção de ser usado para manipular partidas e atender a pedido de apostadores. Porém, o grupo de manipulares sofreu prejuízo e chegou a ameaçar os envolvidos.
Indiciados:
Anderson Ibrahim Rocha (gestor da Patrocinense) Estevam Soares (técnico da Patrocinense) Marcos Vinicius da Conceição do Nascimento (possível investidor) Rodolfo Santos de Abreu (auxiliar da Patrocinense) Felipe Gama Chaves (jogador da Patrocinense) Richard Sant Clair Silva (jogador da Patrocinense)
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