Leila Pereira revelou que tentou contato com o presidente da Conmebol, mas não teve sucessoCesar Greco / Palmeiras

Presidente do Palmeiras, Leila Pereira se pronunciou nesta sexta-feira (7) sobre o caso de racismo envolvendo Luighi, atacante do sub-20 do Verdão. O garoto de 18 anos foi alvo de um torcedor do Cerro Porteño, que imitou um macaco em sua direção no duelo pela Libertadores da categoria. 
A dirigente garantiu que pedirá a expulsão do time paraguaio do torneio continental: "Vamos requisitar a exclusão da competição. Porque não é a primeira vez que esse clube ataca nossos atletas, nossos torcedores". 
"É um menino. Fiquei extremamente comovida, chateada e raivosa. Mas essa raiva tenho que expor de forma civilizada. Se esses criminosos não são civilizados, temos que ser", avaliou. 
Leila também criticou a arbitragem, que não parou a partida no momento do crime. Além disso, reforçou que tentou contato com o presidente da Conmebol, mas não teve sucesso. "Estão sendo muito displicentes em relação a esses fatos", ponderou. 
Após o ocorrido, que gerou intensa mobilização nas redes sociais, a entidade afirmou que medidas disciplinares serão tomadas, e que outras ações estão sendo avaliadas com especialistas da área. A CBF, por sua vez, disse que cobrará "rigor nas punições".

Racismo contra Luighi

Um homem que estava com uma criança no colo na arquibancada imitou um macaco na direção de jogadores do Palmeiras. As câmeras de transmissão flagraram Luighi, que ainda foi alvo de um cuspe, chorando no banco de reservas. O clube paulista informou que irá até as últimas instâncias para que todos os envolvidos sejam punidos.
Luighi foi o escolhido para dar entrevista ao fim do jogo e se revoltou com o repórter, que não perguntou sobre o caso de racismo.
"Não, não, não. É sério isso? Você não vai perguntar sobre o ato de racismo? É sério? É sério? Até quando a gente vai passar isso? Até quando? Me fala, que até quando a gente vai passar isso? O que fizeram comigo foi um crime. Você ainda vai perguntar isso? Você ainda vai perguntar sobre o jogo mesmo? A Conmebol vai fazer o que sobre isso? A Conmebol vai fazer o que sobre isso? CBF, sei lá. Você não vai perguntar sobre isso? Não ia, né? Você não ia perguntar sobre isso? Mas o que fizeram foi um crime comigo. A gente é formação. Aqui é formação. A gente tá prendendo aqui", declarou o jovem, aos prantos.