Wesley concedeu a primeira coletiva vestindo a camisa canarinhoReprodução/CBF TV
Rio - Na entrevista coletiva desta terça-feira (18), Wesley contou bastidores de sua evolução. O lateral-direito, que lidava com críticas e desconfiança da torcida no início da carreira, deslanchou ao longo da temporada passda. Agora, está com a seleção brasileira na primeira data Fifa de 2025. Ele citou a ajuda que recebeu do empresário e de Gerson, lembrou da quase ida para a Atalanta e ressaltou que a vontade de aprender foi maior que a tristeza.
"Parei e pensei. Comecei a construir a minha família de novo. Como falei, o Gerson foi importante nisso também. Meu empresário também me ajuda muito. Comecei a construir tudo de novo, botar a cabeça no lugar, focar nos jogos, nos treinos, querer aprender. Acho que minha vontade de aprender foi maior que minha tristeza", disse Wesley.
"Acho que essa reviravolta veio daí, desse processo da Atalanta. Comecei a evoluir, evoluir, evoluir até chegar o nível dos torcedores me pedirem na Seleção. Primeira vez que vi esse comentário, pensei: 'esse cara está maluco' (risos). Não era normal para mim, estava começando a evoluir. Aí comecei a prestar atenção nisso: 'caramba, estou no caminho certo. Fui continuando, querendo aprender e quero aprender muito mais", completou.
O jogador também concordou que falta paciência com os jogadores que sobem da base com o profissional. Wesley compartilhou a própria experiência para explicar como lidou com isso e destacou que sabia que poderia melhorar.
"Acho que sim, acho que falta paciência. Vou falar sobre mim. Acho que também vai muito do jogador, entender o momento em que ele está. Eu vinha de um momento de 2023, em que comecei a ser titular e oscilando bastante. Só que eu via que poderia melhorar. Então, em 2023, cheguei, botei meu pé lá, fui indo, oscilando, oscilando. E 2024 foi um ano de aprendizado para mim".
"A impaciência da torcida me fez criar uma coisa na cabeça. Pensei: 'o que eu tenho que fazer?'. Acho que todos os jogadores que estão por isso têm que tomar uma atitude. Falando da minha pessoa, tomei essa atitude e vi que teve resultado. Como falei, se a torcida estava me cobrando, é porque sabia o que eu poderia fazer e onde eu poderia chegar".
O Brasil entra em campo contra a Colômbia na quinta-feira (20), às 21h45, no Mané Garrincha, em Brasília. Posteriormente, encara a Argentina no dia 25, às 21h, no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires. O time de Dorival Júnior ocupa a quinta posição das Eliminatórias, com 18 pontos.
Veja mais declarações de Wesley
MENSAGEM PARA DORIVAL
"Queria agradecer ao Dorival pela oportunidade. Como falei, estou vivendo um sonho de estar vestindo essa camisa, que eu sempre almejei. Muito feliz".
COMPANHEIROS DE FLA NA SELEÇÃO
"É muito bom, porque passa uma sensação de estar em casa. Ter companheiros de equipe equipe é muito importante. As expectativas são as melhores".
DESEMPENHO NO CLUBE X DESEMPENHO NA SELEÇÃO
"Estou chegando agora. Se eu tiver oportunidade, que é o sonho de todo jogador, vou tentar me entrosar o mais rápido (possível), como estou tentando no almoço, conversando com todo mundo. O entrosamento é primordial. Tem jogador do Liverpool, do Real Madrid, do Arsenal... Então, eles jogam mais contra do que junto. O pouco tempo de trabalho atrapalha bastante. O entrosamento só vem com o tempo. Se esse time estiver entrosado, chega longe".
COLÔMBIA E ARGENTINA
"São dois jogos que todo mundo sonha em jogar. Colômbia e Argentina são dois jogos grandes. Como o Bruno (Guimarães) falou aqui antes, todo mundo que veste essa camisa já estão acostumados com esses jogos grandes, com essa pressão. Então, todo mundo sabe lidar com isso. Vamos seguir o plano do Dorival".
PARCERIA COM GERSON
"Quando fiquei sabendo que seria convocado... Acho que todo mundo viu o vídeo, foi uma gritaria, e eu não ouvi o nome dele. Já comecei a pesquisar, pesquisar. Senti alívio com a vinda dele. Peço bastante conselho para ele. Às vezes, eu nem peço. Ele já chega me falando".
PRESSÃO POR RESULTADOS
"Todos os jogadores sabem da posição que estamos. Todo mundo quer ganhar, ninguém quer perder. Por serem jogadores que já estão acostumados a jogar Champions League e Premier League... Acho que esses jogos grandes são para jogadores grandes. Vamos para esse jogo com a expectativa de ganhar, fazer mais três pontos na tabela, para depois pensar na Argentina. Tomara que a gente saia com esses seis pontos".
FILIPE LUÍS
"Meu treinador, mas virou um amigo. Antes, era companheiro de equipe. Sempre o vi como referência para mim. Embora seja lateral-esquerdo, eu pensava: 'caramba, ele é muito bom, tenho que tentar fazer alguma coisa parecida com ele'. Virou meu treinador, e eu peço ajuda. Ele fala: 'ó, você tem que melhorar nisso'. Tudo que ele fala nos vídeos para mim, eu peço para treinar com ele no final".
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