Samir Xaud, atual presidente da CBFStaff Images / CBF
CBF anuncia criação de órgão para supervisionar e aplicar o Fair Play Financeiro
Instituição será independente, mas ligado à CBF
Rio - O sistema de fiscalização e de aplicação das regras do Fair Play Financeiro no futebol brasileiro serão feito por um órgão independente, mas ligado à CBF. Em busca de implementar a sustentabilidade financeira, na última terça-feira (11), a confederação reuniu federações, profissionais e consultores do setor financeiro em sua sede localizada na Barra da Tijuca.
A nova instituição deve ser formada até o início de 2026 com profissionais do mercado que possuem relação com o tema. A estrutura será parecida com a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), que é responsável por mediar disputas entre entes no futebol.
Para que os times possam se adaptar, o sistema do Fair Play Financeiro será implementado de forma gradual. Em caso de não cumprimento das leis de sustentabilidade econômica, punições como multas, proibições de contratações, perda de pontos e até rebaixamento serão implementadas. As sanções serão feitas de maneira escalonada.
A tentativa de Fair Play Financeiro é antiga na CBF. Há cerca de 10 anos atrás, a entidade já havia aplicado um sistema considerado percursor ao que vai ser implementado. Em caso de atraso de pagamentos de jogadores, os clubes poderiam perder pontos. No entanto cabia ao STJD julgar e punir a partir das denúncias de atletas ou representantes.
O novo sistema é mais amplo, o endividamento público, controle de gastos e impasses entre clubes serão analisados, de modo que se tenha mais capacidade de punição e execução. Isso se deve ao fato das equipes estarão sob acordo a um "regulamento interno".
A formulação está em fase finais e os times podem mandar sugestões até a próxima sexta-feira. O modelo definitivo será anunciado dia 26 de novembro no evento Summit CBF Academy.

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