Enderson MoreiraVítor Silva/Botafogo
Enderson entende demissão no Botafogo, mas reclama da forma como foi
Treinado também analisou o momento atual do time, que vive momento ruim
Depois de conseguir o retorno do Botafogo à Série A do Brasileirão, em 2021, Enderton Moreira iniciou o trabalho em 2022, mas acabou demitido com a chegada da SAF, em fevereiro. O treinador relembrou o episódio em entrevista podcast Embolada e, apesar de entender o americano John Textor, sentiu-se desrespeitado por saber da demissão pela imprensa, antes do clássico com o Fluminense, pela primeira fase do Campeonato Carioca.
"Quando teve a venda, eu já me distancio um pouquinho dessa coisa de gratidão porque é um negócio. O Textor tem toda a autoridade. Ele comprou o time, a empresa, e faz o que ele quiser. Não posso questionar isso. Eu entendo. Eu estava muito tranquilo. Só não gostei da forma que ele fez. Primeiro fala antes de um clássico contra o Fluminense e recebo a informação que estou demitido pela imprensa. Isso machuca. Eu estava no estádio. Você imagina minha preleção...", afirmou.
Enderson também avaliou o desempenho do Botafogo na atual temporada e acha normal o momento de oscilação do time. O treinador acredita que o elenco ainda está se conhecendo, apesar de jogar junto desde o segundo semestre do ano passado.
"O fato de não ter conquistado a classificação entre os quatro (primeiro do Campeonato Carioca) não quer dizer que o time é ruim. Pelo contrário. O que aconteceu no Botafogo foi uma restruturação absurda. Acho que hoje, de 2021 pra cá, praticamente não tem nenhum jogador mais (com quem trabalhou). E você não constrói uma equipe em cima de nada. Tem que ter uma base", analisou.
"O Botafogo está pagando um preço por isso. E não quer dizer que vai sofrer na Série A. Pode às vezes, com esses aprendizados, fazer um Brasileirão muito bom".
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