John Textor, dono da SAF do Botafogo, ficou inconformado com a arbitragem do BrasileirãoVitor Silva/Botafogo

Rio - John Textor, acionista majoritário da SAF do Botafogo, rebateu as críticas de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, que mais cedo considerou o ofício enviado pelo americano ao STJD pedindo um inquérito contra a arbitragem um ato de desequilíbrio. O empresário respondeu, por meio de publicação em seu site oficial, que o Alviverde é um dos clubes que mais vezes foi beneficiado pela arbitragem, e que o conceito de equilíbrio da mandatária é "tendencioso".
"Sobre o tema 'equilíbrio', é preciso observar que a sua equipe vive num mundo onde '11 x 10' representa 'equilíbrio'. Seu time, o Palmeiras, se beneficiou da vantagem “11×10” 11 vezes durante a temporada de 2023, ano em que os times da Série A recebem esse benefício 3 vezes, em média", pontuou Textor.
"Essa estatística, é claro, não faz menção a pelo menos três cartões vermelhos claros que deveriam ter sido aplicados ao Palmeiras, conforme bem documentado nos autos de relatórios independentes da nossa ação no STJD. É sabido que outros clubes pensam da mesma forma, já que há muito se considerava que o Palmeiras (antes da minha chegada) se beneficiava da compaixão tendenciosa da proteção do árbitro", complementou.
Confira o texto publicado por Textor na íntegra:
"Resposta pública aos comentários da presidente do Palmeiras:

Entendo que a Sra. Leila Pereira ficaria chateada com nosso processo na justiça. Ataques pessoais, entretanto, não ajudam ninguém, então não repetiria tal prática como resposta. Ela sempre foi gentil comigo e lamento que as graves circunstâncias de erro de arbitragem, e provável manipulação de jogo, posicionem o Botafogo como adverso aos seus interesses. Continuo comprometido em trabalhar com o Palmeiras, e com todos os clubes do Brasil, em apoio a uma nova liga que estabelecerá padrões apropriados de fair play para a nossa competição nacional.

Nunca sugeri que ela fosse pessoalmente responsável pelas ações curiosas e pelas forças externas que apoiam o sucesso de sua equipe. Ironicamente, como ela sugere que nossa investigação deve significar que estou “desequilibrado”, gostaria de lembrá-la que é um campo de jogo equilibrado e nivelado que esperamos alcançar… para o benefício de todos os clubes e para o benefício do Brasil.

Sobre o tema “equilíbrio”, é preciso observar que a sua equipe vive num mundo onde “11 x 10” representa “equilíbrio”. Seu time, o Palmeiras, se beneficiou da vantagem “11×10” 11 vezes durante a temporada de 2023, ano em que os times da Série A recebem esse benefício 3 vezes, em média. O Botafogo, que este ano enfrentou uma competição agressiva (encarando diversas ações violentas bem documentadas), em nenhum momento usufruiu do benefício do “11×10”. Essa estatística, é claro, não faz menção a pelo menos três cartões vermelhos claros que deveriam ter sido aplicados ao Palmeiras, conforme bem documentado nos autos de relatórios independentes da nossa ação no STJD. É sabido que outros clubes pensam da mesma forma, já que há muito se considerava que o Palmeiras (antes da minha chegada) se beneficiava da compaixão tendenciosa da proteção do árbitro.

Mais uma vez, as questões de preconceito, erro e manipulação têm sido um problema no futebol. No Brasileirão-2023, fornecemos evidências que mostram que o problema teve um efeito material no resultado da tabela do campeonato. A única diferença este ano é que a SAF Botafogo é a primeira a submeter, ao judiciário governante, análises avançadas e confirmação independentes de problemas que acreditamos que possam ser resolvidos no futuro… para o benefício de todos nós.

Senhora Leila Pereira… Parabéns pelo seu Brasileirão-2023."
O ofício enviado por Textor, entretanto, foi arquivado pelo STJD. Segundo o órgão, as razões apresentadas pelo empresário americano são "subjetivas e sem consistência, porque são interpretações unilaterais que não guardam pertinência com a realidade desportiva".