Rio - Acertado para ser reforço do Botafogo a partir de junho, o volante Wendel foi vítima de racismo na vitória por 2 a 0 do Zenit, seu atual clube, sobre o Fakel Voronezh, pelo Campeonato Russo, no último sábado (8). E não para por aí: o brasileiro foi expulso por ter reagido às ofensas dos torcedores rivais.
Aos 29 minutos do segundo tempo, alguns torcedores do Fakel Voronezh começaram a fazer gestos de macaco em direção a Wendel. Revoltado, o volante fez um gesto obsceno para a arquibancada, que foi flagrado pela transmissão. Após recomendação do VAR, o árbitro mostrou cartão vermelho para o jogador.
De acordo com a imprensa russa, o Zenit pedirá à Premier League da Rússia a anulação da expulsão de Wendel.
"A expulsão estragou o jogo. Espero que sanções sejam aplicadas para as pessoas que se comportam assim nas arquibancadas e insultam as pessoas com base na cor da pele. E não se trata apenas dos torcedores do Fakel. Apresentaremos um vídeo do jogador do time da casa que fez gestos de macaco, mas ele não foi punido", disse Sergey Semak, técnico do Zenit.
Nas redes sociais, a esposa de Wendel, Lays Lima, também se revoltou com o crime cometido contra o marido.
“Isso é inaceitável!! Uma pena que nos últimos seis meses aqui na Rússia tenha sido marcado por mais um episódio de racismo!!”, postou.
Veja a nota oficial do Zenit sobre o caso
“Não ao racismo. Não aos insultos racistas. Não a tudo que contradiz aos valores globais do futebol e do esporte.
Nosso time une grandes jogadores de todas as partes do mundio. Nós somos diferentes. Nós falamos diferentes línguas e representamos diferentes culturas, mas cada um de nós lutamos pelas cores e pela cidade que chamamos de casa.
Não vamos permitir que ninguém insulte ou humilhe qualquer um de nós somente porque ele tem uma cor de pele diferente. Vamos nos unir em torno de Wendel e daqueles que regularmente encara manifestações de intolerância na Rússia.”
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