Renato Paiva é o técnico do BotafogoVítor Silva/Botafogo
Paiva vê o time em fase 'muito estranha' e diz que o Botafogo de 2024 'já não existe'
Técnico ainda citou oportunidades desperdiçadas e apontou 'erros básicos' em derrotas
Argentina - Renato Paiva acredita que o Botafogo está em uma fase "muito estranha". O treinador fez o comentário ao analisar a derrota para o Estudiantes por 1 a 0 no Estádio Jorge Luis Hirschi, nesta quarta-feira (23), pela terceira rodada do Grupo A da Libertadores.
"Obviamente sou treinador, sou responsável, mas de fato está uma fase muito estranha naquilo que está a acontecer. Nossas oportunidades que são claras não entram, e as dos adversários que às vezes nem claras são acabam por entrar e nos penaliza bastante", disse Paiva.
O técnico ainda ressaltou que o Botafogo de 2024 "já não existe". Além disso, citou duas chances desperdiçadas por Artur na partida e outra por Savarino. O camisa 7 teve duas oportunidades para marcar de cabeça. O venezuelano, por sua vez, acertou o travessão num chute de fora da área.
"O time já não existe, já é outro. E, para além disso, como explico. Tivemos aos dois minutos uma oportunidade flagrante. O Artur cabeceia sozinho na área, e a bola vai por cima. Na segunda parte, Artur tem uma segunda bola no segundo poste para fazer o gol e não faz. Na terceira, a bola do Savarino bate no travessão, no chão e sai. De fato, a questão passa um pouco por aqui. Tem se repetido nas oportunidades que temos criado", comentou o treinador.
"Em alguns jogos criamos mais, em outros, menos. Hoje era um jogo em um campo muito difícil, um adversário que já tinha perdido em casa e que jogava praticamente uma final. Jogamos o jogo de forma estratégica, até começou bem para nós, tivemos essa oportunidade para virar o jogo a nosso favor, e a bola não entrou. A partir daí, obviamente, o Estudiantes, jogando em casa, foi tendo mais bola. Nós, em um bloco médio que muitas vezes foi para baixo. Não lembro de John ter feito uma grande defesa no primeiro tempo. Alguns escanteios, mas nada de perigoso. Depois, num lance infeliz, sofremos o gol", continuou.
O português também chamou a atenção para o funcionamento coletivo do Botafogo e destacou que não gostou dos "momentos defensivos". Ele acredita que o time "afundou demais" e não conseguiu sair com efetividade para o ataque.
"Quem acompanha nossos jogos percebe a fase que estamos a atravessar. Quando criamos oportunidades flagrantes, não fazemos. E depois, em erros básicos, acabamos por perder jogos. Perdemos jogos por 1 a 0. Esse é o terceiro jogo que perdemos por 1 a 0 com gols que são erros claros e que, obviamente, temos que corrigir", afirmou o técnico.
"O funcionamento coletivo da equipe. Hoje, não gostei dos momentos defensivos. Acho que afundamos demais o bloco quando não era essa a intenção, não conseguimos nunca sair do bloco para a pressão. Era isso que nós queríamos. Depois, nas oportunidades de transição, não conseguimos sair com efetividade. Quando saímos, naquela bola mais flagrante, bateu no travessão, no chão e não entrou", completou.
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