Davide Ancelotti ao lado do pai no Real MadridThomas Coex / AFP
Rio - O Botafogo agiu rápido após demitir o técnico Renato Paiva e definiu um substituto. O Alvinegro chegou a um acordo com Davide Ancelotti, filho e auxiliar do técnico Carlo Ancelotti, da seleção brasileira. Apesar de ser a primeira experiência do italiano como treinador principal na carreira, ele pensa futebol dentro do perfil "Botafogo Way" desejado por John Textor, empresário dono da SAF do clube.
"Meu pai me ensinou a ser flexível, a me adaptar, a ter ideias e maneiras diferentes de vencer. É importante para um time saber administrar as diferentes fases do jogo. Cada um tem suas preferências, e eu prefiro um estilo de futebol um pouco mais vertical, mais ousado", disse em entrevista ao jornal espanhol "Marca".
Davide Ancelotti, de 35 anos, começou a carreira como preparador físico do Paris Saint-Germain em 2012, quando o seu pai comandou o time francês. Depois, trabalhou como auxiliar de Carlo Ancelotti no Bayern de Munique, da Alemanha; Napoli, da Itália; Everton, da Inglaterra; e Real Madrid, da Espanha.
"Se eu tivesse que resumir minha ideia de futebol, diria que o importante é saber fazer muitas coisas em um nível muito alto. No futebol de hoje, você tem que saber fazer tudo. O que eu priorizo é que meus jogadores saibam fazer tudo e administrem da melhor maneira possível, de acordo com suas características", afirmou.
Apesar da falta de experiência como treinador, John Textor decidiu correr riscos. No início do ano, o dono da SAF do Botafogo demorou para fechar a contratação de um substituto para o lugar de Artur Jorge, e chegou a conversar com nomes como André Jardine, Tite, Roberto Mancini, Tata Martino, Rafa Benítez, Vasco Matos e Hernán Crespo antes de acertar com Renato Paiva.
Dessa vez, John Textor agiu rápido. Davide Ancelotti tinha o desejo de se tornar treinador, e a chance de trabalhar perto do pai ajudou na decisão de aceitar a proposta do Botafogo. O italiano era auxiliar de Carlo Ancelotti na seleção brasileira, mas não tinha contrato de exclusividade com a CBF. Ele ficou ao lado do pai somente no jogo contra o Paraguai, que assegurou a vaga na Copa do Mundo de 2026.
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