Arrascaeta foi o autor do único gol do Flamengo nos últimos três jogos com o time principalMarcelo Cortes / Flamengo

Desde o início de trabalho no Flamengo, o técnico Vítor Pereira focou em deixar a defesa mais forte enquanto ofensivamente não tinha o que reclamar. Em busca de um maior equilíbrio no time, o treinador fez mudanças na estrutura da equipe e agora é o ataque que preocupa. Nos últimos três jogos com a equipe principal (contra o Botafogo foram reservas), fez apenas um gol.
Além da derrota por 1 a 0 para o Vasco, no clássico de domingo (5) no Maracanã, o Rubro-Negro também passou em branco na ida da Recopa, contra o Independiente Del Valle, e perdeu pelo mesmo placar. E o único gol marcado foi de Arrascaeta, no último lance do jogo de volta contra os equatorianos.
"A bola não está entrando. Agora, não estamos passando um momento tão bom, mas vamos trabalhar para mudar esse momento. Só o trabalho pode mudar. Não adianta vir aqui, ficar se desculpando. É trabalhar, quietinho", disse Gerson.
O problema do Flamengo vai muito além de apenas a bola não entrar. Apesar da qualidade dos jogadores, o time sofre para criar e vem abusando de cruzamentos: mais de 100 nesses três jogos. Segundo o site de estatísticas Footstats, foram 70 vezes contra o Del Valle, no Maracanã, (apenas 17 foram certos), e 13 (três) em Quito, e mais 32 contra o Vasco (nove certos).
Outro problema é o aproveitamento ofensivo. No clássico, o Rubro-Negro teve 28 finalizações, a maioria de fora da área, e apenas sete delas foram certas. Contra os equatorianos, foram outras 21 no Rio, com apenas cinco no alvo.
"O que podemos controlar é o trabalho, e os gols devem aparecer. Mais dia ou menos dia, as coisas vão surgir. Temos no próximo jogo a oportunidade de ganhar uma taça e vamos olhar o adversário nos olhos. Assumirei sempre a responsabilidade e darei a cara por eles sempre que correrem como hoje.