Time do Fluminense deu passo importante para a classificação para as oitavas de final da LibertadoresMailson Santana/Fluminense

O placar elástico de 5 a 1 no Maracanã não esconde a dificuldade que o Fluminense enfrentou contra o River Plate, em especial no primeiro tempo. A marcação dura - e muitas vezes faltosa com a conivência da arbitragem - se mostrou uma grande prova para o que o estilo de jogo único do time de Fernando Diniz pode enfrentar ao longo da Libertadores. E o saldo se mostrou positivo, em especial pela solução encontrada após o intervalo.
"Com certeza foi um grande teste. Sabíamos que ia ser muito difícil, a Libertadores é daí para mais. É continuar evoluindo para fazer bons jogos como esse. Fica de aprendizado que a gente tem que continuar jogando bola, não é só a parte física que resolve. E fazer o que vem treinando é o primordial e o mais importante", avaliou Alexsander.
No primeiro tempo, o Fluminense encarou o que podemos chamar de "Libertadores raiz". Ao marcar por pressão, o River Plate optou pelo contato físico e pelas entradas duras, inclusive com faltas: foram 12, fora as não marcadas pela arbitragem. Sem conseguir jogar, também pela boa marcação adversária, o Fluminense acabou entrando no jogo de contato para revidar, o que o prejudicou.
Após o intervalo, entretanto, o Fluminense voltou a ficar mais com a bola no ataque e também melhorou a qualidade nos passes: de 86,6% para 94,9% de aproveitamento no segundo tempo. A expulsão contribuiu para o placar elástico, mas o Tricolor já vencia por 2 a 1 e tomava conta das ações no ataque, como prefere jogar.
"Soubemos competir em alto nível. No segundo tempo destravamos o jogo, numa combinação muito forte e solidária, com troca de passes rápida que é uma marca forte do nosso time. O time foi maduro, vibrante", elogiou Diniz.
E apesar da goleada sobre uma das grandes equipes do futebol sul-americano, o Fluminense tenta manter os pés no chão e conter a euforia com o bom momento. Afinal, terá mais uma prova de fogo quando for jogar contra o mesmo adversário, só que na Argentina.
"Não tenho dúvidas de que os argentinos já estão pensando no jogo da volta. Ganhamos de um dos melhores times da América. Estamos felizes para caramba. Sabemos que é uma vitória que nos dá confiança e mostra que somos capazes de conquistar o sonho. Mas temos que manter a regularidade, pés no chão e humildade para entendermos que não somos os melhores por causa de um resultado", avisou Felipe Melo.
Certo é que, com a goleada, o Fluminense passa a ser ainda mais visado pelos adversários sul-americanos, o que exigirá mais ao longo da Libertadores. Mas também mostra estar pronto para buscar o título.
"A responsabilidade vai aumentar cada vez mais quando conseguimos resultados expressivos. A pressão aumenta e o time precisa ter pés no chão, entrega e humildade para correr, para que as coisas sigam fluindo de uma forma positiva. Cada jogo tem que mostrar cada vez mais que temos condição de disputar o título", disse Fábio.