Renato Gaúcho chegou ao Fluminense, comandou o primeiro treino nesta sexta-feira (4) e fez uma promessa forte ao torcedor: de que o time mostrará um futebol ofensivo. O técnico, que inicia a sétima passagem pelo clube, fez um discurso de como será a forma de jogar que vai ao encontro do que os jogadores do elenco desejam, após ficarem incomodados com o jeito mais defensivo do antecessor Mano Menezes.
"Acima de tudo, e o que procurei passar para o grupo, são duas coisas fundamentais: alegria de jogar e coragem. Isso o torcedor pode ficar tranquilo. O Fluminense, enquanto eu estiver aqui, vai jogar como time grande, para dentro e para vencer os jogos. Sempre com cuidado defensivo, independentemente do adversário", avisou.
Momentos antes, na mesma resposta, Renato Gaúcho falou sobre a saída de bola da defesa para o ataque e explicou que haverá uma mudança nesta forma de jogar, com menos posse perto da área.
"Os times nos quais eu trabalho, eu gosto da posse de bola, de preferência no campo do adversário. Não gosto de arriscar tanto atrás, converso bastante, sempre na dúvida não tem que arriscar. Já conversei isso com meus zagueiros e com o Fábio. Tem hora que não pode arriscar dentro ou próximo da área", disse.
Após três meses de férias, o técnico voltou a ser nome procurado por outros clubes. Ele revelou ter recebido contatos recentes. Inclusive, um deles pediu para que não acertasse com ninguém nesta semana, mas explicou a decisão de fechar com o Fluminense.
"Sempre me senti em casa nesse clube, como jogador e como treinador. Tive convites, inclusive um me disse para não acertar com nenhum clube nesta semana porque domingo iria me contactar para me contratar, mas optei por acertar como Fluminense. Queria trabalhar aqui, conheço 80% do elenco, recebi o convite e não tive muita dificuldade para acertar", disse.
Sobre o período sem trabalhar desde que saiu do Grêmio no fim de 2024, ele contou como aproveitou as férias.
"Eu precisava descansar, dar uma relaxada, principalmente ano passado, no sul, por causa da enchente, foi desgastante. Procurei aproveitar da melhor maneira possível, procurei fazer coisas que não vinha fazendo há um tempo, como jogar futevôlei, tomar chopp com os amigos e curtir a família e meu cachorro. São coisas normais. Dormi um pouco tarde, acordava 10h, 11h, 12h, coisas que um cara faz nas férias. Tinha horário pra nada",
"Também vi muitos jogos, não abri mão disso... de muitos campeonato, do brasil e de fora. E agora estou de volta, para começar esse trabalho no Fluminense".
Outras declarações do técnico do Fluminense
Busca por reforços "O grupo do Fluminense é qualificado. Isso a gente vai ver no dia a dia. Ver se o clube também tem condições de contratar. Hoje em dia não é fácil encontrar jogadores, entendeu? E quando você encontra, são jogadores caros. A gente nunca pode falar assim: 'esse grupo está fechado'. Não, daqui a pouco tem uma brecha, tem um jogador dando mole ali fora que o clube tenha condições de contratar, que a gente sabe que vai chegar pra nos ajudar. Com certeza a gente vai tentar trazer".
Elenco " O grupo do Fluminense é muito bom. Trabalhei com alguns: Thiago Silva, Thiago Santos, Renê, Lima, jogadores que tenho admiração grande. O Fábio que é um dos melhores goleiros do Brasil. E temos um xerife, um líder, um cara excepcional, que é o Thiago (Silva). Basicamente conheço 80% do grupo do Fluminense. Por isso aceitei o convite. Tenho certeza do sucesso desse grupo".
Sonho de treinar a seleção brasileira "Ninguém me procurou e nunca passou pela minha cabeça não aceitar nenhum convite e esperar. Eu acho que a seleção brasileira é uma coisa que vai acontecer, ela vai acontecer normalmente eu sem clube, eu trabalhando no clube. Eu procuro fazer da melhor maneira possível meu trabalho para conquistar títulos e ser lembrado para a seleção brasileira. É um sonho que eu tenho. O treinador que não pensa na seleção brasileira, pelo menos na minha opinião, é porque não se garante".
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