Paris - A skatista Rayssa Leal terá uma funcionária do Comitê Olímpico do Brasil (COB) para lhe fazer companhia durante a Olimpíada de Paris-2024. A atleta, de 16 anos, havia pedido ao comitê para ter a presença de sua mãe na Vila Olímpica, como aconteceu em Tóquio, em 2021, mas a solicitação havia sido negada.
A chefia da missão olímpica designou nesta terça-feira uma colaboradora para a função. O nome da funcionário não foi divulgado. O pedido de Rayssa sobre a presença de Lilian Mendes, sua mãe, havia causado polêmica porque o Comitê Olímpico Internacional (COI) não libera credenciais para pais e mães de atletas com 16 anos ou mais.
Lilian havia acompanhado Rayssa durante a Olimpíada de Tóquio, quando a atleta conquistou a medalha de prata no street. Na época, porém, a atleta tinha 13 anos. A mãe da skatista publicou uma mensagem de apoio à filha quando Rayssa chegou à Vila Olímpica. Ela disse que "tudo será mais pesado" para a skatista, porque agora ela "entende a grandiosidade de uma Olimpíada".
"Há três anos, você estava participando pela primeira vez sem entender muita coisa, e eu estava do seu lado para te apoiar e dar forças em todos os momentos. Ontem foi um pouco diferente, você entrou sozinha na Vila, foi difícil ter que me despedir de você", escreveu a mãe da medalhista.
O estafe de Rayssa tentou negociar com o COB para que não apenas ela, mas todos os atletas com menos de 18 anos pudessem ter direito a um responsável acompanhante. O imbróglio veio a público após uma declaração de Tatiana Braga, CEO da TB Sports, agência que cuida da carreira de Rayssa, ao podcast Maquinistas. A skatista conseguiu uma credencial que será dividida entre seu irmão e treinador, Felipe Gustavo, e um fisioterapeuta particular.
Em sua declaração, Tatiana Braga ainda revelou que, durante o Pan de 2023, a skatista chegou a ligar chorando para a mãe enquanto treinava na pista de skate, lamentando a ausência de Lilian. Havia a expectativa que Tatiana Lobo, gestora do skate no COB, fosse assumir o papel de responsável de Rayssa. O COB não confirmou se ela que foi designada para a função. Tatiana já trabalhou na gerência da Confederação Brasileira de Skate (CBSk)
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