Fernando Ferraz, conhecido como Balotelli, reclamou do material dos atletas brasileiros para os Jogos Olímpicos de Paris 2024Wagner Carmo / CBAt

Rio - Após criticar o enxoval olímpico fornecido pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, José Fernando Ferreira admitiu surpresa com a repercussão do desabafo nas redes sociais. O atleta de decatlo, que se classificou entre os 24 melhores da modalidade, cobrou uma valorização aos competidores.
"Não esperava essa repercussão até porque não era essa a intenção. Mas foi bom porque foi um aviso para provar para a confederação que os atletas também têm boca para falar e voz. Temos o recurso da internet que é muito importante. É a segunda vez que acontece esse ano e, espero que depois dessa, não aconteça mais", disse em entrevista ao "ge".
Balotelli, como é conhecido, reclamou de material insuficiente fornecido e ressaltou que teria que tirar dinheiro do próprio bolso para comprar as sapatilhas para competir. Ele não foi o único a reclamar da situação. Izabela Silva, do lançamento de disco, reclamou após receber o enxoval apenas com roupas masculinas, sob a alegação de não haver numerações maiores que o tamanho médio.
Sem patrocinador esportivo para fornecer os materiais necessários e precisando tirar do próprio dinheiro para comprar as sapatilhas para competir, Balotelli criou uma vaquinha virtual para arrecadar fundos. O atleta de decatlo já recebeu mais de R$ 20,7 mil em doações. A meta é de R$ 50 mil. Ele garante que o dinheiro também poderá ser utilizado para o restante da temporada e o início do ciclo olímpico de 2028.
A distribuição dos materiais dos atletas fica a cargo de cada confederação e do fornecedor escolhido pela mesma. A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), por exemplo, é patrocinada pela Puma. A CBAt prometeu resolver os problemas e ressaltou que o enxoval também é composto pelo material fornecido pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) na chegada em Paris.