Raven Saunders competiu em Paris com máscara pretaBen Stansall / AFP
Com o cabelo pintado de lilás e verde, e unhas compridas pintadas nas cores dos Estados Unidos, Saunders foi para a área de arremesso com a máscara preta cobrindo completamente o rosto e óculos escuros.
"Queria tentar atrair os olhares, colocar nossa modalidade no foco", contou a americana após a prova. "Somos arremessadoras de peso, mas temos nosso próprio estilo. Podemos fazer as coisas de maneira tão grandiosa como os velocistas e merecemos atenção", acrescentou.
Saunders, que explica em suas redes sociais que quer ser tratada com pronomes usados para pessoas não binárias, é muito engajada na defesa dos direitos LGBTQ+ e nas questões de saúde mental.
No passado, a atleta já aproveitou as Olimpíadas para enviar mensagens.
Saunders está de volta de uma suspensão de 18 meses, que terminou em fevereiro deste ano, por ter falhado três vezes à obrigação de estar localizável para a realização de testes antidoping dentro de um prazo de 12 meses.
Na quarta-feira, graças a seu arremesso de 18,62 metros, a americana se classificou para a final, que não terá presença brasileira, já que Ana Carolina Silva foi 23ª, com 17,09 metros, e não conseguiu vaga.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.