Marta conquistou sua terceira medalha de prata com a Seleção feminina Jonathan Nackstrand/AFP
Em sua despedida, Marta comemora campanha do Brasil em Paris: 'Orgulho'
Referência da Seleção feminina exaltou trabalho do técnico Arthur Elias
França - A seleção brasileira feminina ficou com a medalha de prata no torneio dos Jogos Olímpicos de Paris após perder por 1 a 0 para os Estados Unidos, neste sábado (10), no Parque dos Príncipes. Marta, grande referência do futebol feminino do país, afirmou que a campanha enche de orgulho e precisa ser valorizada.
"Agora é dar continuidade a esse trabalho, porque o mais importante, que é o que eu acredito hoje, que é o resgate que a gente fez, do orgulho, das pessoas falarem do futebol feminino. Das pessoas acreditarem mais no futebol feminino. Acredito que isso foi o mais importante. Ficar em segundo, ganhar a medalha de prata. O que a gente precisa destacar é isso, esse orgulho que a gente resgatou", disse.
O Brasil ficou apenas em terceiro lugar no Grupo C, com três pontos - vitória sobre a Nigéria na estreia. Depois disso, eliminou a França, seleção anfitriã, nas quartas de final, e superou a atual campeã do mundo Espanha na semifinal. Marta destacou a confiança do grupo no trabalho do técnico Arthur Elias.
"Foi um processo de muita confiança. Se a gente não tivesse dado a devida confiança ao trabalho do professor Arthur... Parece meio louco, parecia que ele fazia as coisas meio fora do comum, mas você tem que ser diferente. Ele veio com essa mentalidade, colocou o trabalho dele para a gente, com muita dedicação, e as meninas abraçaram isso."
Marta encerrou sua história em Olimpíadas depois de seis edições disputadas. Ela conquistou três medalhas de prata (Atenas 2004, Pequim 2008 e Paris 2024), se tornando a maior medalhista do futebol brasileiro. A "Rainha" se aposenta da Seleção após a campanha na França e desejou sorte às companheiras.
"A gente está com uma Copa do Mundo, em 2027, para jogar em casa, a gente precisa manter essa motivação. E essas meninas têm muito mais a oferecer. Eu não vou estar com elas dentro de campo, mas vou estar com elas de alguma forma, acompanhando, dando meu suporte, torcendo como fiz nos jogos passados. Esse é o primordial, que a gente acredite mais e dê mais credibilidade ao futebol feminino."
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