Lance da partida entre Vasco da Gama x Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro da Seria A no Maracana em 23 de abril de 2023. Foto: Daniel RAMALHO/VASCODANIEL RAMALHO/VASCO

Rio - O departamento jurídico do Vasco rebateu na Justiça as manifestações de Flamengo, Fluminense e Governo do Estado do Rio de Janeiro sobre a licitação do Maracanã. Antes da decisão do juiz Marcello Alvarenga Leite, representantes do Cruz-Maltino indicaram que os argumentos não devem ser considerados.
O Termo de Permissão de Uso (TPU) do estádio vence nesta terça-feira (25), mas o governo quer renovar a concessão temporária à dupla Fla-Flu por mais 180 dias. Em peça apresentada, ambos os rivais indicaram que são "entidades filantrópicas" e atuam no Maracanã por interesse público, ao contrário do Vasco, que, segundo o argumento, visa potencialização de recursos financeiros da 777 Partners, empresa dona de 70% da SAF do Gigante da Colina.
De acordo com informações do "ge", os advogados do Vasco rebatem a possibilidade de que a ação seja extinta sem julgamento de mérito, o que era de interesse de Flamengo e Fluminense, solicitando ainda que Marcello Alvarenga Leite, juiz do caso, rejeite as alegações expostas nesta segunda-feira.
A nova ação do Vasco também questionou a "situação emergencial" anunciada pelo Governo sobre a concessão do Maracanã por mais seis meses aos dois clubes em questão. Com o vencimento do TPU, o Cruz-Maltino quer uma nova convocação para que possa participar.
"Tanto a manifestação da PGE quanto a de FLAMENGO e FLUMINENSE apenas escancaram o absurdo da situação. A renovação seguida do TPU - sem instrumento convocatório público e chamamento de terceiros interessados - demonstra a clara violação de direito líquido e certo do IMPETRANTE (Vasco) de participar de tal chamamento e, assim, apresentar sua proposta", diz trecho.
Reforçando seu discurso, o jurídico do Cruz-Maltino pontuou novamente sua intenção de resolver as questões de forma amigável desde outubro de 2022, quando ainda disputava a Série B do Campeonato Brasileiro. 
O Vasco já havia travado batalha nos tribunais para poder mandar sua partida contra o Palmeiras, no último domingo (23), no Maracanã. O empate em 2 a 2 pela segunda rodada do Brasileirão foi contemplado por aproximadamente 60 mil torcedores.