Momento em que Eulisses chega a 67ª DP, em GuapimirimDivulgação
Assassino de advogada é preso em Guapimirim
O criminoso estava foragido há 15 anos depois de ter matado sua advogada num centro comercial em Vargem Grande, no Rio
Guapimirim – Foi preso nesta segunda-feira (13/3) em Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Eulisses Pinheiro da Cruz Filho, de 47 anos. Ele é acusado de ter assassinado a tiros a advogada Miriam Teixeira Cacciola, na ocasião com 46 anos, e de ter baleado o marido dela, Gianpiero Cacciola, na época com 57 anos. A captura foi feita numa operação conjunta entre policiais civis da 67ª DP (Guapimirim) e policiais militares da 2ª Companhia (Guapimirim) – vinculados ao 34º Batalhão de Polícia Militar (34º BPM) – em cumprimento de mandado de prisão expedido pela 3ª Vara Criminal da Comarca da Capital.
Os crimes
Os crimes ocorreram em 24 de agosto de 2007, em Vargem Grande, bairro da Zona Oeste do Rio, quando Miriam advogava para o réu e para outros lojistas do Núcleo Ecológico de Trabalho Alternativo Rural (Nectar), um centro comercial com diversas lojas cujo empreendimento Eulisses era o administrador.
De acordo com as investigações, Eulisses se desentendeu com sua advogada por desconfiar que ela, supostamente, tivesse recebido R$ 60 mil pela venda de um imóvel. Ambos discutiram no escritório.
O casal entrou num automóvel no intuito de fugir de Eulisses, no entanto ele abriu a porta do veículo e atirou contra ambos, sendo que Miriam foi baleada duas vezes e caiu no chão. O criminoso deu a volta e efetuou o terceiro disparo. Já o companheiro dela, apesar de ferido, conseguiu fugir correndo.
Miriam era mãe de uma adolescente, filha de um desembargador do estado do Rio de Janeiro já falecido e dona de uma pousada no Maranhão. Gianpero é irmão do mafioso italiano Salvatori Cacciola, que esteve preso no Brasil, mas foi solto graças a um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O momento da prisão e mais crimes
Ao ser abordado pelos agentes em sua residência, o réu se apresentou com documentos falsos em nome de Luiz Antonio de Souza Brito. Ele só admitiu que era, de fato, Eulisses Pinheiro da Cruz Filho, depois de ter suas digitais verificadas e confrontadas no Instituto Félix Pacheco (IFP).
Na casa do acusado foram encontradas: 125 munições de calibre 12, três espadas tipo ninja (catanas), um facão de mata, uma besta (tipo de arco flecha) em forma de espingarda e 12 flechas apropriadas para tal arma.
Eulisses tinha mandado expedido pelos delitos de homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado contra Miriam e Gianpero, respectivamente, conforme artigos 121 e 14 do Código Penal (Lei nº 2.848/1940).
A prisão ganhou novo significado, sendo também em flagrante, pelo fato de o réu estar utilizando documentos falsificados, previsto no artigo 304 do Código Penal (Lei nº 2.848/1940), e de posse ilegal de munições, previsto no artigo 14 do Sistema Nacional de Armas (Lei nº 10.826/2003).
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