Carga contendo televisores e outros eletrodomésticos é transferida de um caminhão para outro em GuapimirimFoto: 34º BPM - Redes Sociais
Carga de eletrodomésticos roubada é recuperada em Guapimirim
A carga é avaliada em mais de R$ 400 mil; motorista do caminhão foi sequestrado pelos criminosos
Guapimirim – Uma carga das Casas Bahia avaliada em R$ 427 mil foi recuperada no bairro Citrolândia, em Guapimirim, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (6). A operação para resgatar o motorista do caminhão, que tinha sido sequestrado, e recuperar os eletrodomésticos e eletrônicos foi feita por policiais militares do 34º Batalhão de Polícia Militar (34º BPM). Na ocasião, dois homens foram presos. O DIA conta essa história em detalhes e em primeira mão.
Os detidos são: Murilo Ricardo Barroso e Bruno Nogueira. A idade de ambos não foi divulgada. Eles vão responder por roubo mediante grave ameaça, crime previsto no Artigo 157 do Código Penal (Lei nº 2.848/1940). Não há informações sobre os demais envolvidos nos delitos.
Roubo de eletrodomésticos e eletrônicos
Três assaltantes, num automóvel Fiat Palio, interceptaram um caminhão da empresa Gofast Transportes – a serviço das Casas Bahia – na manhã desta quarta-feira (6), na Rodovia Rio-Magé (BR-493), na altura de Piabetá, em Magé, na Baixada Fluminense, na pista sentido Guapimirim. A carga tinha como destino o município de Serra, no Espírito Santo.
Dois desses criminosos adentraram no caminhão pela janela, sendo que um destes estava armado com uma pistola. Eles ordenaram que Maurício de Oliveira Lima – o motorista do caminhão – seguisse o Fiat Palio e ficavam o tempo todo falando que o matariam se o veículo fosse bloqueado.
“Se bloquear, a gente vai te matar. Não deixa bloquear que a gente não faz nada com você! Fica calmo que a gente só quer a carga. A gente já sabe de tudo que tem no caminhão. Recebemos informações de lá de dentro do depósito”, disseram os criminosos para a vítima.
O depósito em questão fica no bairro Taquara, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, de onde saiu a carreta.
O condutor Maurício Lima foi forçado a seguir viagem até o bairro Parada Modelo, em Guapimirim. Lá, havia outro veículo, um Chevrolet Corsa, com mais bandidos, esperando os comparsas.
O motorista da transportadora foi forçado a passar para o banco do carona no próprio caminhão e a colocar uma mochila na cabeça para não ver para onde estava sendo levado em mais uma etapa do sequestro em andamento. Um dos bandidos que participou da interceptação ainda em Piabetá dirigiu o caminhão de Parada Modelo até Citrolândia, outro bairro guapimiriense.
Já num areal em Citrolândia, os criminosos ordenaram que o Maurício Lima – motorista a serviço das Casas Bahia – tirasse a mochila da cabeça, desembarcasse pulando a janela e ajudasse a transferir a carga para um segundo caminhão. Na ocasião, o veículo que transportava as mercadorias foi bloqueado por satélite. Os assaltantes, então, mandaram a vítima a contatar a empresa para desbloqueá-lo.
Chegada da polícia e prisão de criminosos
Nesse meio tempo, com o caminhão rastreado e bloqueado, chegaram os policiais militares para resgatar o condutor e recuperar a carga. Ao ouvir disparos, os criminosos gritaram ‘sujou, sujou’ e correram. Ficaram somente os motoristas dos dois caminhões com as mãos para o alto.
Em depoimento, Marcos José dos Santos Rangel, motorista do segundo caminhão, relatou que trabalha com fretes e que teria recebido uma ligação de um homem, por volta das 7h desta quarta-feira (6), querendo contratar seu serviço. O contratante – suposto dono de uma borracharia no Morro do Bonfim, em Magé – teria dito para não se preocupar com valores, pois o contratado seria ‘muito bem pago’.
Os dois automóveis – Fiat Palio e o Chevrolet Corsa – utilizados pelos assaltantes foram apreendidos, assim como os dois caminhões, e levados para a delegacia em Guapimirim.
O caso é investigado pela 67ª DP (Guapimirim), que pediu que a prisão em flagrante dos criminosos seja convertida em prisão preventiva, no intuito de preservar as investigações, para garantir a ordem pública, proteger os motoristas da carreta e do caminhão e para evitar que os réus se tornem foragidos da Justiça em caso de não comparecimento às audiências.
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