Estação de trem de GuapimirimFoto: Divulgação - Arquivo
Locomotiva que opera em Guapimirim já apresentou problemas cinco vezes em menos de dois meses
Apenas no mês de outubro, o serviço foi suspenso nos dias 11 e 17
Guapimirim – A locomotiva que opera na extensão Guapimirim, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, já apresentou problemas em cinco ocasiões em menos de dois meses. O mais recente episódio ocorreu na tarde dessa segunda-feira (17), conforme comunicado divulgado pela SuperVia às 12h16 nas redes sociais.
“Encontra-se suspensa a circulação de trens na extensão Guapimirim, em função de uma ocorrência técnica com a locomotiva. Nossos técnicos atuam para normalizar a operação o mais breve possível”, publicou a concessionária.
Às 18h07 do mesmo dia, a empresa informou aos usuários que o problema já estaria resolvido. Vale destacar que a locomotiva também deu problema na noite da última quarta-feira (11) e, aparentemente, o caso tinha sido solucionado no domingo (15).
As operações de trem em Guapimirim também foram suspensas nos dias 21 de agosto, 2 de setembro e 21 de setembro. Em todas elas, por conta de uma ‘ocorrência técnica com a locomotiva’.
Com esses constantes transtornos, usuários de Guapimirim e de Magé que dependem do serviço para ir em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, ou ao Rio, por exemplo, ficam prejudicados.
Apesar de a passagem do transporte ferroviário ser mais barata do que a de um ônibus ou de uma van, além do tempo de viagem ser, em tese, mais rápido, já que os passageiros não terão de enfrentar engarrafamento, em Guapimirim e Magé o trem deixa de ser um transporte essencial para se tornar um serviço complementar, já que há sempre problemas e imprevistos, o que faz com que os usuários nunca consigam contar, de fato, com o serviço.
Em abril deste ano, a Gumi (Guarana Urban Mobility Incorporated) – um consórcio de propriedade das japonesas Mitsui e West Japan Railway Company e de um fundo de investimentos local – comunicou ao Governo do Estado do Rio de Janeiro que pretendia devolver a concessão da SuperVia. Semanas após a repercussão do caso, não se falou mais sobre.
O governo fluminense estava analisando a possibilidade de decretar a caducidade (extinção) do contrato de concessão, devido ao descumprimento de cláusulas de investimentos por parte da SuperVia, cujo aditivo foi firmado em 2010, segundo o jornal O Globo em agosto passado.
Em julho deste ano, uma liminar da 6ª Vara Empresarial do Rio proibia que as autoridades fluminenses tomassem qualquer medida que suspendesse a concessão. No mês seguinte, a referida liminar foi cassada.
Enquanto não se resolvem os problemas frequentes na extensão Guapimirim e em outras ramais da SuperVia, os quais são noticiados cotidianamente pela imprensa e que podem afetar centenas de milhares de passageiros, o governo estadual, por meio da Secretaria Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram) fará uma licitação, no próximo dia 19 de dezembro, para contratar estudos de viabilidades técnica, econômica, jurídica e ambiental de criação de novas linhas de metrô, uma interligando a Praça XV, no Centro do Rio, até Alcântara, em São Gonçalo, passando por Niterói; outra conectando o Jardim Oceânico ao Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio.
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