Uma moqueca de peixe foi servida na Escola Municipal de Educação Infantil Professor José Bruno de AzevedoFoto: Divulgação
Projeto Nutriafro de Macaé Desperta Interesse do IDR de Maricá
Projeto que promove cardápio escolar baseado em elementos das culturas afro e indígena atrai atenção de instituto de pesquisa de Maricá
Macaé - O projeto Nutriafro, lançado na rede municipal de ensino de Macaé em agosto, tornou-se objeto de interesse do Instituto Municipal de Informação e Pesquisa Darcy Ribeiro (IDR) da Secretaria de Educação da Prefeitura de Maricá. Três representantes do IDR visitaram a Escola Municipal de Educação Infantil Professor José Bruno de Azevedo, no bairro Malvinas, na quarta-feira (22), para entender detalhes sobre o funcionamento do projeto.
Durante a visita, a comitiva de Maricá assistiu a uma apresentação teatral dos alunos e compartilhou um almoço composto por moqueca de peixe, prato de origem afro e indígena. A coordenadora de Cultura Afro-Brasileira e Indígena nas escolas da Rede Municipal de Ensino de Macaé, Kátia Magalhães, destacou a importância de trazer elementos culturais para as escolas e proporcionar uma oportunidade para os professores abordarem essa temática.
O Nutriafro estabelece um cardápio escolar que incorpora gêneros alimentícios exclusivos das dietas dos povos africanos e indígenas. Baseado nas leis federais 10.639/2003 e 11.645/2008, que tratam da obrigatoriedade do estudo da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena no currículo escolar, o projeto visa fomentar o conhecimento da comunidade escolar sobre a diversidade da culinária ancestral e a contribuição dos povos africanos e indígenas na construção da identidade brasileira.
Os representantes do IDR de Maricá, Luciane Vieira, Rodrigo Palomo e Cristiane Mattos, buscaram compreender como Macaé está lidando com questões relacionadas à Cultura Afro-Brasileira. O IDR, que produz, reúne e organiza estudos e indicadores sociais sobre Maricá, visa fornecer à administração pública elementos para a elaboração de políticas sociais mais efetivas e adequadas.
A diretora geral da Escola, Joana Muzi, destacou a receptividade positiva ao projeto por parte dos professores e alunos, ressaltando que não houve nenhuma rejeição. A pequena aluna Manuela Arruda da Silva Mendes, de cinco anos, expressou sua aprovação pelo Nutriafro, aprendendo a importância de ajudar as pessoas.
A meta do Nutriafro é construir uma escola antirracista, promovendo experiências não apenas de sabores, mas também de saberes culturais. O cardápio acontece mensalmente em todas as unidades escolares municipais, acompanhado por ações pedagógicas para a valorização das culturas afro-brasileiras e indígenas.
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