Assistência SocialFoto: Katito Carvalho

Maricá - A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Assistência Social, promoveu nesta terça-feira (19) a “7ª Conferência Municipal de Enfrentamento à Dependência Química e ao Uso abusivo de Álcool e outras drogas”. O encontro que aconteceu no Centro Educacional Municipal (CEM) Joana Benedicta Rangel, no Centro, teve o objetivo de discutir e formular políticas públicas direcionadas aos dependentes químicos.
Na programação, foram debatidos os temas Geração de Emprego e Renda; População AD e Luta Antimanicomial e Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e População Infanto Juvenil. Ao fim, foram formados grupos dos eixos para a construção de propostas, leitura das propostas, atração cultural e eleição.
O seminário reuniu integrantes do Conselho Municipal de Enfrentamento à Dependência Química e ao uso abusivo de Álcool e outras Drogas (Comad-Maricá), profissionais de psicologia e assistência social da rede municipal, autoridades municipais, vereadores e ex-usuários de drogas.
Ampliação de equipamentos públicos para atender a demanda
Durante a cerimônia de abertura, o secretário de Assistência Social, Thiago Ribeiro, anunciou que vai ampliar as casas de acolhimento e a equipe de abordagem social. “Hoje temos duas Casas Abrigo: uma em Araçatiba e outra na Mumbuca, nas quais disponibilizamos um total de 20 vagas. Vamos abrir mais duas casas dessas: uma em Itaipuaçu e Inoã, ofertando mais 40 vagas. Além das Casas Abrigo, temos o Centro Pop onde oferecemos alimentação, café da manhã, almoço e jantar”, contou.
A presidente do Comad, Thainá Real, falou sobre o trabalho do conselho em parceria com a Prefeitura no desenvolvimento de políticas públicas para este público. “Eu atuo e sempre atuei nessa militância, na questão da dependência química porque eu vivenciei isso na minha família e sei o quanto é difícil. A pessoa sozinha não consegue ter um tratamento digno, não consegue se autoajuda e precisa de ajuda”, afirmou Ribeiro.
Ex-usuária de drogas, Daiana Rebeca, de 41 anos, contou que saiu da Venezuela e visitou outras cidades em outros estados, mas encontrou em Maricá a oportunidade para se livrar da dependência. “Conheci Maricá pela voz de uma pessoa que me falou que era a cidade mais próspera do estado. Eu tinha pedido em oração a Deus um lugar para ficar com meus filhos, porque venho de vários estados e queria um lugar que me acolhesse. E assim, mais na frente eu consegui sair da rua para morar em um aluguel e está sendo menos dolorida a situação da saída da Venezuela”, declarou.