Seul - O presidente sul-coreano Moon Jae-in pediu ao governo dos Estados Unidos que reduza o nível de exigência nas negociações com a Coreia do Norte, no momento em que seus conselheiros se reuniam com um general norte-coreano.
"Acredito que o governo dos Estados Unidos tem que diminuir o nível de exigência nas discussões e que o Norte tem que mostrar sua determinação para avançar até a desnuclearização", disse Moon durante um encontro com Liu Yandong, o representante chinês na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno.
"É importante que Estados Unidos e o Norte sentem juntos o mais rápido possível", declarou o presidente, que pediu uma ação da China neste sentido. Moon Jae-in fez todo o possível para que os Jogos Olímpicos, que terminaram no domingo, fossem uma oportunidade para reduzir a tensão entre as duas Coreias.
A Coreia do Norte enviou atletas, além de artistas, ao Sul em uma tentativa de mostrar uma face mais simpática.
O líder norte-coreano Kim Jong Un enviou sua irmã para a cerimônia de abertura e o general Kim Yong Chol para o encerramento.
Mas as delegações norte-coreanas não tiveram nenhum contato com os representantes americanos.
Washington inclusive reforçou na sexta-feira as medidas contra Pyongyang, com o anúncio do presidente Donald Trump das sanções "mais duras" até agora contra o país.
Em seu encontro com Kim Yong Chol no domingo, Moon pediu ao Norte que inicie um diálogo o mais rápido O Dia possível com Washington. De acordo com Seul, o general disse que estava disposto a isso.
"Veremos se a mensagem da Coreia do Norte de que está disposta a dialogar é um primeiro passo para a desnuclearização", afirmou a Casa Branca em um comunicado. "A campanha de pressão máxima tem que continuar até a desnuclearização", completou o texto.
Kim Yong Chol se reuniu nesta segunda-feira com vários conselheiros de Moon. A oposição conservadora sul-coreana considera este general um criminosos de guerra, suspeito de ter ordenado o ataque com torpedos contra uma corveta da Coreia do Sul em 2010, uma ação que deixou 46 mortos.