Iván Duque: direitista e afilhado político do ex-presidente Uribe - AFP PHOTO / Raul Arboleda
Iván Duque: direitista e afilhado político do ex-presidente UribeAFP PHOTO / Raul Arboleda
Por AFP

Bogotá - O direitista Iván Duque, afilhado político do ex-presidente Álvaro Uribe, foi eleito neste domingo presidente da Colômbia para mandato de quatro anos, após a apuração de 96,99% dos votos.

Com 54,07% dos votos, o ex-senador de 41 anos venceu com boa margem o ex-guerrilheiro Gustavo Petro (41,72%) no primeiro segundo turno polarizado entre direita e esquerda da história da Colômbia.

O novo presidente terá de definir medidas relacionadas à absorção dos imigrantes venezuelanos, que cruzam a fronteira todos os dias, em busca de emprego e qualidade de vida.

Os eleitores também querem ações que combatam a corrupção, o aumento das taxas de desemprego e de insegurança. Os colombianos enfrentam o avanço do tráfico de drogas no país.

Duque, que tem apoio dos ex-presidentes Álvaro Uribe e Andrés Pastrana, venceu o primeiro turno e lidera as pesquisas de opinião. Ele quer rever o acordo de paz com as Farc, por considerar que muitos dos responsáveis por crimes de guerra serão perdoados.

"Não quero destruir os acordos de paz, nem rasgá-los em pedacinhos", disse Duque, durante a campanha. "O que quero é fazer algumas modificações, algumas correções, para assegurar uma paz com justiça, que puna os responsáveis por crimes", destacou.

Desconhecido da maioria do eleitorado, Duque passou anos trabalhando no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington (EUA), até ser eleito senador em 2014. Ele tem o apoio do empresariado e propõe reduzir impostos e os gastos públicos, para atrair investimentos privados.

Os quase 37 milhões de eleitores colombianos foram às urnas neste domingo para escolher o sucessor do presidente Juan Manuel Santos. Os candidatos representavam os extremos: o ex-senador Ivan Duque, de direita, e o esquerdista Ivan Petro, ex-guerrilheiro do M-19. orcas Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) – a maior guerrilha do país. Há ainda o desafio de reincorporar os ex-rebeldes das Farc na economia.

 

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