Pesquisadores descobriram que animal retira toxina de uma árvore; Entenda
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Pesquisadores descobriram que animal retira toxina de uma árvore; Entenda Reprodução/Twitter
Por iG
São Paulo - Á primeira vista, o Lophiomys imhausi, roedor mamífero conhecido como rato-de-crista africano, pode não parecer tão perigoso. Com tamanho diminuto, chegando a pesar menos de 1kg na fase adulta, ele se parece com os ratos encontrados nas grandes cidades. Porém, seu veneno superpoderoso, capaz de derrubar elefantes e até matar seres humanos, faz dele uma ameaça silenciosa.
Pesquisadores da Universidade de Utah e do Instituto de Biologia da Conservação Smithsonian, ambos nos EUA, realizaram um estudo em parceria com cientistas do Museu Nacional do Quênia para entender mais sobre o rato-de-crista africano e, principalmente, sobre a potente toxina que ele carrega. 
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Os resultados, publicados na revista científica Journal of Mammalogy, mostraram que a espécie consegue sequestrar toxinas de plantas para produzir sua defesa química. O processo ocorre da seguinte forma: ao roer os galhos de árvores venenosas, ele armazena o veneno na língua e depois passa a saliva por sua pelagem, montando assim um "escudo" contra possíveis predadores.

La rata crestada africana (Lophiomys imhausi) es una especie que habita al este de África. Se mueve por la noche, tratando de evitar cualquier peligro. Podríamos decir que no sería elegida para aparecer en una lista de la fauna africana más temible Stephanie Higgins pic.twitter.com/ZSdgxf6OEM

— Ángel León (@Tsalawaly) November 23, 2020

"Queríamos confirmar se esse comportamento eral real e, ao longo do caminho, além de obter resultados sobre o sequestro de toxina, também conseguimos evidências do comportamento social destes animais. São descobertas que trazem implicações para a conservação deste rato indescritível", afirmou Sara Weinstein, uma das autoras do estudo.

A análise de Weinstein trata exatamente de uma descoberta feita pela equipe sobre a forma como o rato-de-crista africano socializa com outros integrantes da espécie. Além de confirmar o poderio do veneno, que é capaz de matar presas muito maiores com poucos miligramas, eles identificaram que os animais vivem de maneira monogâmica, algo raro em mamíferos.

"Colocamos dois espécimes juntos no recinto de observação e eles começaram a interagir, ronronando e se acariciando. Isso foi uma grande surpresa, já que pensávamos que estes eram animais de hábitos solitários. Assim, tivemos a oportunidade de estudar suas interações sociais e aprender mais sobre eles", finalizou a pesquisadora.