A caminhada se alongava e não havia sinal de chegar ao destino. Com sinais de exaustão, o casal parou para escrever no chão um enorme sinal de “SOS”, esperando que fossem vistos por aeronaves. “Estava tão quente, e estávamos tão assustados, eu achei que fossemos morrer”, lembra Merlos.
Desidratados, mal conseguiam comer o resto da comida que tinham, pois quase não tinham saliva. Durante o trajeto, eles mal se falavam, para evitar que cansassem ainda mais.
“Eu estava preocupado com minha noiva, Nicky, não conseguir mais, pois ela estava precisando de muitas pausas para descansar. Tive que implorar para que ela continuasse andando”, conta o noivo.
Beber a própria urina e água de uma poça lamacenta foi a saída para a dupla se hidratar minimamente. A despeito dos humanos, o labrador ‘Loki’ passou bem e não sentiu tanto quanto seus donos.
Depois de dois dias de caminhada, a dupla foi salva por um homem identificado como Craig, que trabalha em uma empresa de energia e passava de carro pela estrada. Ele deu comida e água para o casal e os levou para Innamincka, a cidade no qual eles tentavam ir a pé.
“Craig nos contou que faz aquele caminho uma vez a cada seis semanas, e teríamos que andar mais 25 quilômetros para chegar em Innamincka. Se ele não tivesse nos achado, teriamos morrido”, afirma Jose.
Uma enfermeira que atendeu o casal contou que eles tiveram sorte que as temperaturas na região estavam mais baixas do que o normal, que é de 45ºC.
