Um alto funcionário norte-coreano afirmou que a condenação expressa pelo presidente americano ao lançamento de mísseis por Pyongyang constituem uma "ingerência" e uma "provocação", informou a agência estatal de notícias KCNA
Um alto funcionário norte-coreano afirmou que a condenação expressa pelo presidente americano ao lançamento de mísseis por Pyongyang constituem uma "ingerência" e uma "provocação", informou a agência estatal de notícias KCNAAFP
Por AFP
A Coreia do Norte acusou neste sábado (27) o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de "ingerência" e "provocação" por condenar o lançamento de mísseis que Pyongyang fez esta semana.
Um alto funcionário norte-coreano afirmou que a condenação expressa pelo presidente americano ao lançamento de mísseis por Pyongyang constituem uma "ingerência" e uma "provocação", informou a agência estatal de notícias KCNA.
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"Esse tipo de declarações por parte do presidente americano são uma ingerência evidente no nosso direito à autodefesa e uma provocação", declarou Ri Pyong Chol, que supervisionou o teste, em um comunicado, citado pela agência KCNA.
A Coreia do Norte informou que o lançamento de quinta-feira, o primeiro desde que Joe Biden chegou à Casa Branca, foi um teste de um novo "projétil tático guiado" equipado com um motor de combustível sólido.
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O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, afirmou que os dois dispositivos eram mísseis balísticos, um tipo de arma que a Coreia do Norte está proibida de desenvolver de acordo com várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Após o lançamento, Biden afirmou que o teste violou as resoluções da ONU e fez uma advertência a Pyongyang. "Consultamos nossos sócios e aliados, Haverá uma resposta se eles (as autoridades norte-coreanas) optarem por uma escalada. Será uma resposta proporcional", afirmou o presidente americano.
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Em sua declaração, Ri disse que a Coreia do Norte expressou sua "profunda apreensão pelo fato de o líder dos Estados Unidos ter criticado os testes, realizados no exercício de nosso direito à legítima defesa, como uma violação das resoluções das Nações Unidas".
Além disso, o alto funcionário norte-coreano afirmou lamentar que Biden tenha mostrado sua "hostilidade profunda". No passado, Pyongyang recorreu a testes de armas várias vezes para alimentar as tensões, na tentativa de atingir seus objetivos de longo prazo. 
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"Acho que o novo governo dos Estados Unidos obviamente deu um primeiro passo em falso", criticou Ri no comunicado, que a KCNA disse ter sido divulgado nesta sexta-feira.
"Se os Estados Unidos continuarem com essas declarações imprudentes sem pensar nas consequências, talvez tenham que lidar com algo que não será bom", alertou, acrescentando que a Coreia do Norte está preparada para "continuar a aumentar nossas forças armadas mais avassaladoras e capacidades militares".
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Em uma nota que evita usar as palavras "mísseis" e "balístico", a KCNA afirmou na sexta-feira que os dois projéteis disparados na quinta-feira atingiram com precisão os alvos no mar depois que percorreram uma distância de 600 quilômetros. A agência afirmou que a arma poderia transportar uma carga útil de 2,5 toneladas.