Martin Lee é advogado, político fundador do Partido Democrático e um dos detidos pela justiça de Hong KongReprodução A justiça de Hong Kong condenou, na manhã desta quinta-feira (01), sete ativistas por promoverem e realizarem assembleias. As reuniões, sem autorização do governo, são consideradas ilegais. Todos os manifestantes 'pró-democracia' possuem idades acima dos 60 anos. Entre os detidos estão Martin Lee, notório advogado com 82 anos de idade, e o empresário Jimmy Lai, de 72 anos. Margaret Ng, de 73 anos; Lee Cheuk-yan, 64; Albert Ho, 69; Leung Kwok-hung, 65; e Cyd Ho, 66; e outros dois também foram detidos e se declaram culpados. Lee participou da fundação do Partido Democrático, nos anos 1990. A legenda é a maior ala em oposição a interferência chinesa em Hong Kong. O político é chamado de "pai da democracia" entre seus apoiadores. Sua acusação baseia-se num encontro realizado em agosto de 2019 que não foi autorizado pelo governo local. Leung Kwok-hung gritou que "reuniões pacíficas não são crime" ao entrar no tribunal. Os advogados de defesa foram na mesma linha de argumentação, uma vez que a legislação de Hong Kong, tida como 'miniconstituição', permite que assembleias pacíficas sejam realizadas, mas sob restrições para que "a segurança e a ordem pública sejam preservadas". Autoridades chinesas, porém, reiteram que as leis de segurança são necessárias para restaurar a estabilidade nacional contra a "divisão, subversão, terrorismo ou conluio com forças estrangeiras". As penas podem chegar até a prisão perpétua.