Estudo preliminar espanhol demonstra que combinar primeira dose da vacina de Oxford com segunda da Pfizer é seguro e eficaz
Estudo preliminar espanhol demonstra que combinar primeira dose da vacina de Oxford com segunda da Pfizer é seguro e eficazAFP/Arquivos
Por O Dia
O governo espanhol divulgou nesta terça-feira (18), um novo estudo preliminar que demonstrou que combinar a primeira dose da vacina de Oxford/AstraZeneca com a segunda dose da vacina da Pfizer pode ser considerado seguro e eficaz contra o novo coronavírus. A pesquisa ainda não foi publicada em uma revista científica.
Os primeiros resultados indicam que a combinação foi considerada "altamente imunogênica" contra a covid-19. Por enquanto, só há dados de produção de anticorpos; De acordo com o governo da Espanha, os dados de imunidade celular serão divulgados nos próximos dias.
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O estudo permite a possibilidade de testar outras combinações de vacinas. O ensaio, chamado "CombivacS", está sendo desenvolvido em cinco hospitais vinculados a institutos de pesquisa em saúde da Espanha.
Confira os detalhes das pesquisas:
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Um total de 673 pessoas participaram do estudo de fase 2. Nessa etapa, os cientistas testam a segurança e a eficácia das vacinas em média escala, normalmente com centenas de voluntários.
Dentre esses voluntários, 441 pessoas receberam a vacina da Pfizer e os outros 232 não receberam nenhuma vacina na segunda dose (grupo controle). 
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Os testes começaram no dia 17 de abril, quando a primeira pessoa recebeu a segunda dose com a vacina da Pfizer.
Todos os participantes do estudo tinham menos de 60 anos de idade. A média de idade em ambos os grupos foi de 44 anos e 56% eram mulheres.
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Para participar, os voluntários tinham que ter tomado a dose de Oxford pelo menos 8 semanas antes de receber a dose da Pfizer.
Com os resultados da pesquisa, conforme previsto no protocolo dos testes, o comitê de monitoramento de segurança recomendou dar a segunda dose da Pfizer aos voluntários que não haviam recebido a vacina (grupo controle).
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Os efeitos colaterais mais comuns foram relacionados a desconforto no local da injeção. Além desses, sintomas como mal-estar; dores de cabeça, calafrios; náusea leve; e tosse leve também foram relatados:
Em todos os casos, os efeitos colaterais foram semelhantes aos detectados com os esquemas de vacinação com as duas doses de cada vacina, restritos aos primeiros 2 a 3 dias após a imunização. Nenhum vacinado precisou ser hospitalizado e não houve relatos de efeitos colaterais graves.
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Suspensão da vacina de Oxford
O governo espanhol justificou a importância da pesquisa já que alguns países europeus recomendaram esquemas de vacinação combinados em pessoas que receberam a primeira dose da vacina da AstraZeneca. A decisão foi tomada depois de casos raríssimos de coágulos em pacientes imunizados com a vacina de Oxford.
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A pesquisa espanhola abre a possibilidade de que as pessoas que já receberam a primeira dose da vacina da AstraZeneca recebam a da Pfizer como segunda dose.
"Saber se é possível implantar esquemas de vacinação com vacinas de diferentes fabricantes permitiria o desenho de campanhas de vacinação mais flexíveis, o que agilizaria o processo", afirmou o comunicado do governo da Espanha.